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domingo, 21 de junho de 2009

PELAS RUAS DA CIDADE...

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
PELAS RUAS DA CIDADE....*
Olá, pessoal! Andando pelas ruas da nossa cidade de Pirapora, deparei-me com algumas curiosidades as quais resolvi trazer a vocês, através do Jornal A Semana.
Alguém já parou em frente a um outdoor, ou a uma placa e já se perguntou: Será se isso está escrito de forma correta? Talvez nem todos sejam tão obcecados com a norma culta como eu...rsrsrsrsrs... Mas, provavelmente, sempre há uma pessoa ou outra que vê alguma expressão pelas ruas da cidade e fica em dúvida quanto à grafia, à concordância. Andando por um posto de combustíveis de Pirapora, achei a seguinte inscrição:
O que existe de erro na placa? Bem, o início está corretíssimo, a começar pelo título, o qual chama a atenção dos clientes para a periculosidade do assunto em questão; também o início da frase está correto, uma vez que usa o pronome ESTE, indicando que o objeto ao qual a placa se refere (o combustível) está próximo a ela; além disso, o uso do acento grave indicador de crase também está adequado, já que aquilo que é nocivo, é nocivo A alguma coisa, no caso, à saúde. Assim, Nocivo A + A Saúde = Nocivo à saúde.
Entretanto, observem como a outra frase está estranha: PROIBIDO PARA USO DOMÉSTICO DEVIDO A SUA PERICULOSIDADE EM CASO DE CONTATO COM A PELE... Afinal, não parece estar faltando alguma coisa aí? Sim, e falta mesmo!
A frase está sem interrupção (pontuação), o que faz com que se possam pensar várias coisas: 1) O combustível é proibido para uso doméstico devido a sua periculosidade em contato com a pele??? 2) O combustível somente é proibido para uso doméstico??? Ou: 3) É devido a sua periculosidade que não se deve usar em casa e, pelo mesmo motivo, é preciso lavar a pele, em caso de contato???
Um PONTO após periculosidade, praticamente resolveria o problema. Mas, se a polêmica frase da placa fosse refeita, ficaria mais clara se fosse assim: DEVIDO A SUA PERICULOSIDADE, É PROIBIDO PARA USO DOMÉSTICO E, EM CASO DE CONTATO COM A PELE, DEVE-SE LAVÁ-LA IMEDIATAMENTE COM ÁGUA E SABÃO. Sem dúvidas... Até a próxima!
*JULIANA BARRETO – Profª de Língua Portuguesa, Matéria do Jornal A Semana, de Pirapora-MG, publicada em 19/junho/2009.

DIALETOS DO BRASIL

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
DIALETOS DO BRASIL*
Olá, pessoal! Após vocês terem feito (com sucesso, certamente!!!) a prova da UNIMONTES, a partir desta semana trarei para vocês curiosidades diversas dentro da Língua Portuguesa, começando por desvendar o mistério da pluralidade do português brasileiro. Afinal, por que há no Brasil tantos dialetos?
Primeiramente, vamos definir o que é dialeto: variedade regional ou social de uma língua; linguajar (Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa, 1994/1995).
Agora, vamos à História...
1) Tupi importado: A Amazônia fala de um modo bem diferente do vizinho Nordeste. A razão para isso é que lá quase não houve escravidão de africanos. Predominou a influência do tupi, língua que não era falada pelos índios da região, mas que foi importada por jesuítas no processo de evangelização.
2) Minha “tchia”: O litoral nordestino recebeu muitos escravos negros, enquanto o interior encheu-se de índios expulsos da costa pelos portugueses. Isso explica algumas diferenças dialetais. No Recôncavo Baiano, por exemplo, o "t" às vezes é pronunciado como se fosse "tch". É o caso de "tia", que soa como "tchia". Ou de "muito", frequentemente pronunciado "mutcho'". Já no interior, predomina o "t" seco, dito com a língua atrás dos dentes: “tía”.
3) Maternidade: A exploração do ouro levou gente do Brasil todo para Minas no século XVIII. Como toda a mão-de-obra se ocupava da mineração, foi necessário criar rotas de comércio para importar comida. Uma delas ligava a zona do minério com o atual Rio Grande do Sul, onde se criavam mulas, via São Paulo. As mulas eram constantemente importadas para escoar ouro e trazer alimentos. Todos esses acontecimentos foram responsáveis por espalhar a língua brasileira pelo centro-sul.
4) “Chiado” europeu: Quando a família real portuguesa mudou-se para o Rio, em 1808, trouxe 16.000 lusitanos. A cidade tinha 50 mil habitantes. Essa gente toda recém-chegada mudou o jeito de falar carioca. Data daí o famoso chiado no "s", como em "festa", que fica parecendo "feishta", já que os portugueses (os influenciadores do Rio) também “chiam”.
5) Tu e você: Os tropeiros paulistas entraram no Sul no século XVIII pelo interior, passando por Curitiba. O litoral sulista foi ocupado pelo governo português na mesma época com a transferência de imigrantes das Ilhas Açores. A isso se deve a formação de dois dialetos. Na costa, fala-se "tu", como é comum até hoje em Portugal. No interior de Santa Catarina, adota-se o "você", provavelmente espalhado pelos paulistas.
6) “Porrrrta”: Até o século passado, a cidade de São Paulo falava o dialeto tido como “caipira”, característico da região de Piracicaba. A principal marca desse sotaque é o "r" muito puxado. A chegada dos imigrantes, que vieram com a industrialização, diluiu esse dialeto e criou um novo sotaque paulistano, fruto da combinação de influências estrangeiras e de outras regiões brasileiras. (fonte: Super Interessante, 2000 – adaptado)
É exatamente essa diversidade brasileira que nos dá tanto orgulho, fazendo do Brasil um país inigualável! Não acham? Até a próxima...
*JULIANA BARRETO – Profª de Língua Portuguesa e colunista do Jornal A semana, de Pirapora - MG, em 12/junho/2009.

domingo, 7 de junho de 2009

Trabalhando a Autoestima

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... TRABALHANDO A AUTOESTIMA* Olá, pessoal! Para que vocês possam sentir-se preparados para a prova da UNIMONTES no próximo dia 07, trouxe para vocês frases que os estimularão a pensar positivo, acreditar em si e aumentar a autoestima, coisas fundamentais para o sucesso! Leiam e reflitam, guardando na mente e no coração... Boa sorte a todos vocês, amigos!
Se um dia alguém fizer com que se quebre a visão bonita que você tem de si, com muita paciência e amor reconstrua-a. Assim como o artesão recupera a sua peça mais valiosa que caiu no chão, sem duvidar de que aquela é a tarefa mais importante, você é a sua criação mais valiosa. (Brahma Kumaris)
Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso.Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los.Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho. (Dalai Lama)
Acredite em você mesmo, pois é só você que pode se autojulgar. Ouse, arrisque e nunca se arrependa. Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. (Pâmela Rugoni Belin)
Se você não se valorizar, chegará uma hora em que todos acreditarão em você. O contrário também é válido. (Jefferson Luiz Maleski)
Quem não estima a vida não a merece. (Leonardo da Vinci)
Todo trabalho é um autorretrato da pessoa que o realizou. Autografe sua obra com excelência! (Ivonete Vieira)
A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio. (Carlos Drummond de Andrade)
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu... (Luiz Fernando Veríssimo)
Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. (Roberto Shinyashiki)
Vocês acreditam??? ... ... ... Até a próxima!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 05/06/2009. JULIANA BARRETO – Profª de Língua Portuguesa

ANÁLISE DAS OBRAS DA UNIMONTES 2/2009

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Uma análise sobre as Obras Literárias da UNIMONTES*
Olá, pessoal! Após ter abordado na semana passada uma visão mais crítica a respeito do novo vestibular (Novo Enem), volto a abordar aquilo que, até então, é alvo da UNIMONTES. Vamos aprender mais sobre a nossa Língua Portuguesa, mas, desta vez, no que diz respeito às Obras Literárias do processo seletivo que ocorrerá no próximo dia 07. Vamos lá?
Primeiramente, vamos ver quais são as obras pedidas pela UNIMONTES: Menino de engenho. José Lins do Rego; “Campo Geral”. (In: Manuelzão e Miguilim). Guimarães Rosa; Infância. Graciliano Ramos; Boitempo I. Carlos Drummond de Andrade; e O Menino no Espelho. Fernando Sabino.
Agora, vejamos os pontos mais significantes que vocês, amigos pré-vestibulandos, precisarão verificar dentro das análises das obras:
· As consequências deterministas sofridas pelo protagonista de Menino de Engenho que, aos 4 anos de idade, viu a sua mãe sendo assassinada pelo marido;
· O valor da infância em todas as obras e as lembranças, ora vagas, ora nítidas, de um homem adulto que tenta resgatar na memória a inocência de sua infância;
· O sentimento de amadurecimento que os personagens de todas as obras vão apresentando ao longo da narrativa;
· O aspecto crítico encontrado nas obras a respeito do regionalismo e a abordagem da seca e da miséria dos povos sertanejos, em especial nos livros: Infância, Menino de Engenho e Campo Geral;
· O caráter de universalidade, presente em todas as obras, mas, em especial, em Campo Geral e Boitempo, que trazem a abordagem de conflitos humanos passíveis de serem vividos em quaisquer lugares do mundo, em uma atemporalidade incrível;
· A questão da cegueira (traduzida como problemas de vista), existente nas obras Infância e Campo Geral, e que remete à perda da inocência, a partir do momento em que a criança deixa esta condição para assumir a responsabilidade de ser um homem;
· A contraditória importância da figura materna, que lembra aconchego, carinho, proteção, em relação à presença de figuras femininas sujeitadas a um espaço totalmente patriarcalista;
· A simbólica e perfeita tradução do espelho, na obra O Menino no espelho, em que se contrapõem o menino e o homem, como seres ora distintos (considerando a distância temporal que os separa) e o difícil encontro consigo mesmo; ora idênticos e inseparáveis, estando um dentro do outro, formando um só ser;
· E a reinvenção das memórias da infância através dos poemas de Boitempo, as quais remetem ao mise-en-abime (um aprofundar-se em abismo) vivido pelo eu-lírico que, ao tentar voltar na sua infância, perde-se, aprofunda-se, em um jogo de idas e vindas, tentando quebrar as barreiras do tempo. É isso aí, pessoal! Até a próxima...
*Matéria publicana no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 29/05/2009.
JULIANA BARRETO – Profª de Língua Portuguesa