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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A problemática do Erro de Português – Parte I: A visão da Gramática Normativa

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



A problemática do Erro de Português – Parte I:

A visão da Gramática Normativa



Olá, pessoal. Após a polêmica causada pela discussão do que seria o erro de Português, resolvi comentar sobre o assunto, através de várias perspectivas, ajudando-os a aumentarem seu senso crítico e ter uma visão mais abrangente sobre isso. O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: "Posso falar 'os livro'?' Claro que pode, mas, dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico" - diz um dos trechos da obra "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender". (Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/).

Contudo, de acordo com a Gramática Normativa, ou seja, aquela a que devemos seguir quando escrevemos, têm-se, muito firmes, os conceitos de certo e errado. Vejam:

* Correto: é todo uso linguístico que segue as normas da língua-padrão;

* Errado: é todo uso linguístico que não segue as normas impostas pela gramática.

Vejam alguns exemplos (de erros) trazidos pelo site da infoescola.

1. Erros de grafia: Comprei três quilos de mortandela. (certo: mortadela).

2. Erros de impropriedade vocabular: As lâmpadas florescentes são mais econômicas. (certo: fluorescentes).

3. Erros de acentuação gráfica – Comprei na loja de conveniência vários ítens. (certo: itens – sem acento) * Por desconhecimento da posição correta da sílaba tônica. Exemplo: As rúbricas dos documentos eram falsas. (certo: rubrica – paroxítona).

4. Erros no emprego da crase – ocorrem por dois motivos: * Omitindo-se o acento em situações em que ocorre a crase. Exemplo: O Projeto Mesa Brasil está promovendo uma campanha de ajuda as crianças vítimas da seca. (ajuda a quem? Às crianças vítimas da seca) * Colocando o acento onde não ocorreu a crase. Exemplo: Enviamos à V. Sª. o resultado das avaliações. (Vossa não admite artigo antes, portanto, o correto: “a V. Sª.).

5. Erros de emprego dos pronomes: uso de um pronome com função de sujeito no lugar de um pronome com função de objeto e vice-versa. Comprei este lindo relógio para mim usar no casamento. (correto: para eu usar)/ Comprei este lindo relógio para eu. (correto: para mim).

6. Erros de emprego de verbos –A polícia militar não interviu a tempo de evitar o assassinato. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio).

7. Erros de regência verbal. As crianças assistiam o desenho na televisão. (Assistir, no sentido de ver, presenciar, pede preposição “a”. O correto: “assistiam ao desenho”).

8. Erros de colocação pronominal. Exemplo: Enviaremos até a próxima semana os pedidos que encomendaram-nos. (certo: que nos encomendaram) Fonte: infoescola.com.

É isso, pessoal. Na próxima, veremos uma outra visão sobre o conceito de certo e errado. Até lá.

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Contato: ahhfalaserio@hotmail.com

Ainda sobre as novas regras ortográficas

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...





Ainda sobre as novas regras ortográficas





Olá, pessoal. O texto abaixo foi escrito por Marcelo Coelho em um blog na internet, a respeito do comentário feito por um fotógrafo, o Mario Rui Feliciani. E a polêmica trazida por ele merece a atenção de vocês. Vamos lá?

Para parar com o para, por Marcelo Coelho

O fotógrafo Mario Rui Feliciani busca adeptos para uma causa que apoio totalmente. Ele acha que não se pode abolir o acento diferencial na palavra "pára", do verbo parar. (...) Segue o texto completo de seu manifesto.

“O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) eliminou o acento agudo do verbo “parar” na terceira pessoa do singular, do presente do indicativo; e na segunda pessoa do singular, do imperativo afirmativo. Pedimos a revisão da reforma e a manutenção desse acento diferencial, pois sua eliminação já está trazendo graves consequências para a língua. As duas formas verbais “pára” e a preposição “para” são palavras de uso muito corrente e, se de idênticas as grafias, serão frequentes as interpretações dúbias, tais como no exemplo abaixo, extraído de noticiário: “Acidente em túnel para o Rio de Janeiro”. Nesse exemplo, ausente a diferenciação do acento, é impossível para o leitor saber se houve um acidente grave que prejudicou todo o trânsito da cidade ou se apenas ocorreu um acidente normal em um túnel que serve de acesso à cidade. A se manter dubiedade tão flagrante, serão duas as implicações, igualmente desastrosas: as más interpretações, como descrito acima; e a escravização dos escritores mais cuidadosos, que sacrificarão o estilo de suas frases, alterando-as para evitar o mal-entendido. Além disso, é notório que a forma verbal acentuada condiz com a ênfase que o povo brasileiro empresta à ordem de parar, seja ela ríspida ou carinhosa. O brasileiro diz “pára!”. Usa, coloquialmente e com força, a segunda pessoa do singular do imperativo do verbo “parar”, mesmo nas frases construídas com o pronome de tratamento “você”. Esse uso, inexato do ponto de vista gramatical mais rigoroso, já se consolidou como forma afetuosa de nossa comunicação. Os pais ralham com carinho diante das travessuras de seus filhos com um “pára” enfático(...) Entendemos, em resumo, que as regras gramaticais generalizadoras não devem ser usadas com rigor, quando isso implica prejuízos de clareza e exatidão; ou quando desrespeita traços culturais acumulados durante muitos anos de uso da língua por todo o povo, seu verdadeiro dono.” (Mario Rui Feliciani). Por tudo o que se disse, pleiteamos a revisão da reforma gramatical e a manutenção do acento diferencial nas formas citadas do verbo parar. (Fonte: Marcelo Coelho, Internet).

Essa é uma das minhas revoltas contra essa mudança. Não à mudança em si, mas à forma como ela foi feita. Eliminam-se acentos em apenas alguns casos, eliminam-se hífens em apenas alguns casos... E isso só veio atrapalhar e causar mais transtorno às aulas de gramática (as quais já eram e continuam sendo cansativas). Explicar aos alunos por que "quente" se pronuncia diferente de "eloquente" será um caos nas primeiras fases do ensino fundamental. Da mesma forma, será extremamente difícil fazer os alunos entenderem (mesmo porque nem eu entendo) por que "pé de moleque" não tem mais hífen, e "arco-da-velha" permanece com hífen. E por que "para", palavra que tanto pode causar ambiguidade, perdeu o acento diferencial e em "pôr" permanece.

Assim, fica difícil desfazer da ideia de que o Português é difícil... Até a próxima!

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Contato: ahhfalaserio@hotmail.com

Reflexão sobre Bem e Mal nas novas regras ortográficas

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Reflexão sobre Bem e Mal nas novas regras ortográficas





Olá, pessoal. Em conversas com alguns alunos, chegamos à conclusão de como ainda existe resistência quanto às novas regras ortográficas. Resistência e contradição, uma vez que os próprios gramáticos divergem entre si. Por exemplo, vocês saberiam dizer como ficou a regra do emprego de "bem" e de "mal" depois do acordo ortográfico?

Na verdade, já encontrei, em diferentes sites e dicionários, respostas opostas. Enquanto uns dizem que Bem não segue a mesma regra de Mal, outros dizem que sim.

No site Português na Rede, verifica-se a seguinte análise: "Bem" se agrega com hífen à palavra com que forma uma unidade semântica (adjetivo ou substantivo composto): bem-aventurado, bem-criado, bem-humorado, bem-educado, bem-nascido, bem-sucedido, bem-vindo, bem-visto (estimado). Mudança só houve no caso de "benfeito", "benquerer" e "benquerido", que agora são grafadas sem hífen e com "n". Outras palavras com "bem" que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são: benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto. O caso de "mal" é parecido: se agrega com hífen a palavras iniciadas por vogal, "h" ou "l" quando forma com elas uma unidade semântica (adjetivo ou substantivo composto): mal-afortunado, mal-educado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo. Às demais letras, quando forma uma unidade semântica, "mal" se une diretamente: malcolocado, malcriado, malgrado, malnascido, malpago, malpesado, malsoante, malvisto, malsinalizado.

O problema da regra de "bem" e de "mal" é que nem sempre eles formam com a palavra seguinte uma unidade semântica. Por exemplo, em "Ela foi bem educada pelos pais", não há hífen porque "bem" não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem) modificando um verbo/particípio (educada). Por isso, o segredo para saber quando "bem" e "mal" se agregam com ou sem hífen à palavra seguinte é reconhecer uma unidade semântica, ou seja, um adjetivo ou substantivo composto. Isso não é difícil. Basta ficar atento às "pistas". Compare:

1) É uma criança bem-educada (unidade semântica, adjetivo composto).

2) Ela foi bem educada pelos pais (não é uma unidade semântica).

3) Pedro é malvisto pelos colegas (unidade semântica, adjetivo composto).

4) O lance foi mal visto pelo árbitro da partida (não é uma unidade semântica).

5) É muito ruim fazer serviços malremunerados (unidade semântica, adjetivo composto).

6) Ele é mal remunerado pela empresa (não é uma unidade semântica).

(Fonte: http://www.portuguesnarede.com/2009/04/ortografia-do-acordo-o-hifen-de-bem-e.html)

Essas são as "pistas" que o site traz. Mas, na verdade, é necessário ter bastante atenção e lembrar que as regras estão aparecendo de formas contraditórias em sites e dicionários. É preciso, portanto, estudar as interpretações diversas das novas regras e entender que até dezembro de 2012, muita coisa pode vir por aí. O professor Pasquale Cipro Neto, por exemplo, diz que a questão dos hífens nas novas regras ainda é algo polêmico e malresolvido. Não ficaria melhor: mal resolvido? Enfim, o importante é o pensamento crítico que se cria a partir disso tudo.

Até a próxima!



*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Contato: ahhfalaserio@hotmail.com

O professor está sempre errado...

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O professor está sempre errado...



Olá, pessoal. Achei este texto bastante interessante e resolvi trazê-lo a vocês. Ele proporciona uma reflexão sobre a polêmica da educação de hoje. Espero que gostem e que reflitam sobre isso!



O professor está sempre errado...

(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

É jovem, não tem experiência.

É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.

Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.

Fala em voz alta, vive gritando.

Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um 'caxias'.

Precisa faltar, é um 'turista'.

Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.

Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.

Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.

Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.

A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.

Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.

Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.

Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.

O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!



É. Esse assunto é mesmo muito polêmico. Entender como funciona a educação hoje em dia é difícil. Ainda mais é saber como se posicionar dentro de uma sala de aula. É um desafio, é verdade! Mas é exatamente isso que torna ainda mais brilhante o ato de educar. Até a próxima!



*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Contato: ahhfalaserio@hotmail.com

Uma crítica sobre a tecnologia dos nossos dias

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Uma crítica sobre a tecnologia dos nossos dias



Olá, pessoal. Navegando na internet, recebi um e-mail com um texto muito interessante o qual vem questionar e criticar como temos agido frente a mudanças tão rápidas e frequentes no nosso dia a dia, devido à tecnologia. De forma incrível, deparei-me com inúmeras ações que tenho. Creio que vocês também irão identificar-se com várias coisas. Espero que gostem. Vamos lá?



VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO:



1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua;

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras;

3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica apavorado e volta para buscá-lo;

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café;

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,…;

6. Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho…);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!!);

Você digita o ‘0’ para telefonar de sua casa;

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando já escureceu de novo;

11. Quando seu computador para de funcionar, parece que foi seu coração que parou;

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo;

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9;

13. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11;

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;

É a vida… fazer o quê… foi o que eu fiz também… Feliz modernidade!

(Fonte: Internet - adaptado)



Qualquer adaptação é difícil. O novo dá medo. As transformações, quando lentas, já causam pavor nas pessoas; mais ainda quando acontecem de forma tão rápida, como temos visto atualmente. Diante disso, lembro-me da sensação de Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”, diante do esforço repetitivo e automatizado de apertar parafusos, na esteira de produção, durante horas árduas e demoradas de trabalho, a ponto de, ao final de um dia inteiro de serviço, sair “apertando parafusos imaginários no ar”. Isso é modernidade. É o preço que se paga pela comodidade e velocidade de comunicação, produção e serviços que não existiam até o século XVIII.

Até a próxima.

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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O valor semântico das conjunções

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O valor semântico das conjunções



Olá, pessoal. Dicas de gramática aparecem na internet a todo o momento. Mas algumas merecem ser repetidas e trazidas à tona, porque, além de informarem os internautas dos “perigos” existentes na Língua Portuguesa, ainda trazem isso de forma bem mais didática do que passar horas e horas em um curso pré-vestibular. As dicas abaixo são de Dílson Catarino, em matéria especial para o Fovest Online, e vêm nos mostrar que nem sempre as músicas são gramaticalmente corretas. Vamos lá?



Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes)



De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.



Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento



E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama



Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.



Quem não suspirou com esses versos de Vinícius de Moraes? Pois é. Mas, percebam o trecho:

"(...) Eu possa me dizer do amor (que tive): / Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure."

Esse é um dos mais conhecidos e apreciados poemas de Vinícius, que possui uma emotividade sem igual na literatura brasileira. A inadequação gramatical desses versos está na utilização da expressão "posto que" com o valor semântico de causa. O poeta espera que o amor não seja imortal, já que é chama, perceberam? O problema é que "POSTO QUE" tem valor concessivo, ou seja, indica oposição, fatores contrários, e tem o mesmo valor de "apesar de que, embora, mesmo que, ainda que", e não de "porque, já que, visto que". Então, o verso deveria ter sido construído assim: "Que não seja imortal, já que é chama", ou "porque é chama" ou ainda "visto que é chama". (Fonte: Folha - adaptado)

É isso aí, pessoal. Gostaram? Na próxima tem mais!



*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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Desvendando algumas pegadinhas – Última Parte

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Desvendando algumas pegadinhas – Última Parte



Olá, pessoal! Após a celebração da Páscoa e ter vivenciado, mais uma vez, a ressurreição da paz, da esperança e da felicidade em nossos corações, voltemos à nossa Língua Portuguesa, finalizando as matérias sobre pegadinhas. Vamos lá?



* Viemos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.

Neste caso, apresenta-se um verbo comumente usado de maneira errada em algumas de suas formas. Nesta oportunidade, falarei apenas sobre um desses deslizes cometidos com o uso indevido do verbo vir. Ninguém diz: "estivemos aqui, nesta hora." Diz-se, porém, no tempo certo: "estamos aqui, nesta hora." Se é "nesta hora" que o fato ocorre, então, o verbo deve estar no presente. Então, depois da correção, tem sua frase inicial assim escrita: Vimos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.



* Traze-me uns pastelzinhos.

Neste tópico, estamos focalizando um aspecto muito explorado em provas de vestibulares e concursos públicos - o plural dos diminutivos em -zinho -, que é feito do seguinte modo:

1 - leva-se o substantivo ao plural em seu grau normal: pastéis;

2 - retira-se o s final: pastei;

3 - acrescenta-se -zinhos, e pronto: pasteizinhos.

Outros exemplos: pãezinhos, carreteizinhos, limõezinhos, caracoizinhos, aneizinhos.

Depois da correção, a frase correta fica assim: Traze-me uns pasteizinhos.



* O relógio marcou meio-dia e meio.

Esta pegadinha que, de vez em quando, figura em provas de vestibular e concurso, sempre acaba tirando candidatos do páreo. A palavra que se refere a horas é meia e não meio. Diz-se nove horas e meia, vinte horas e meia e assim por diante.

Então, depois da correção, temos a seguinte frase: O relógio marcou meio-dia e meia.



* A perca daquele patrimônio transformou-o numa pessoa cética e amarga.

Perca é a forma verbal da primeira e terceira pessoas do singular do presente do subjuntivo (que eu perca, que ele perca). Perda é substantivo, que, obviamente, admite ser precedido de artigo.

Exemplos:

Mesmo que eu perca de início, não desanimarei. (perca é verbo)

Não me importa que o governo perca. (perca é verbo)

A perda de um ano de estudos não o abalou. (perda é substantivo)

A frase inicial, depois de corrigida, fica assim: A perda daquele patrimônio transformou-o numa pessoa cética e amarga. (Fonte: Pegadinhas de Língua Portuguesa – Internet)

Espero que tenham gostado. Pratiquem! E até a próxima!

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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Desvendando algumas pegadinhas – Parte III

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Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



Desvendando algumas pegadinhas – Parte III



Olá, pessoal. Quero desejar uma Feliz Páscoa a todos os meus leitores, e que Jesus ressuscite no coração de cada um de vocês, trazendo mais paz, amor e felicidade às suas vidas! Voltemos às nossas dicas! Vamos lá?



* Não exceda da dosagem alcoólica permitida.

O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos: O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão.

Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite.

O certo seria escrever a frase original do seguinte modo: Não exceda a dosagem alcoólica permitida.



* Não estacione! Sujeito a guincho.

Nada pode estar sujeito a um objeto que, neste caso, é o guincho, mas sim a uma ação, que seria a de guinchamento. Em outras hipóteses, os que transgridem a lei penal estão sujeitos a prisão, mas não a preso; se a transgressão for grave, podem até estar sujeitos a banimento, mas não a banido; como também, uma latinha de cerveja, no freezer, está sujeita a congelamento, mas não a gelo.

A frase inicial, corretamente grafada, ficaria assim: Não estacione! Sujeito a guinchamento.



* A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor.

Eis uma seção de dicas de português para vestibulares e concursos cuja sutileza muita gente boa não percebe. O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição. O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo: Ele é sargento do exército./ Ela é maior de 14 anos./ Ela é a rainha do colégio. Ele é menor de 6 anos./ Meu pai é professor.

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim: A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade.



* Sou difícil de fazer amizade.

Essa frase já se inicia por uma incoerência, pois ninguém é difícil ou fácil de coisa alguma. Pelo menos, assim se espera. O que é difícil não é a pessoa, mas sim a ação de fazer amizade. O sujeito dessa frase é oracional — fazer amizade — e o predicativo é difícil. O verbo é de ligação — ser. Então, depois da correção da frase inicial, fica assim: É-me difícil fazer amizade. – ou – Fazer amizade me é difícil. – ou – Fazer amizade é difícil para mim.

(Fonte: Pegadinhas de Língua Portuguesa – Internet)



Simples, não é mesmo? Apenas precisamos perder alguns “vícios de linguagem”. Na próxima tem mais dicas. Até lá.

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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Desvendando algumas pegadinhas – Parte II

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Desvendando algumas pegadinhas – Parte II



Olá, pessoal. Apresentei a vocês, na semana passada, algumas pegadinhas nas quais os pré-vestibulandos costumam cair na hora da prova. Continuemos com mais algumas:



* O acidente aconteceu porque o motorista dormiu no volante.

Para que alguém consiga dormir no volante, é necessário que este seja, no mínimo, do tamanho de uma cama. Convenhamos, volantes desse tamanho ainda não foram fabricados. Então, melhor seria dormir no banco do automóvel ou, mais adequadamente, em uma cama com mais conforto. Quem dorme bem, dorme em algum lugar. Já "dormir próximo" ou "junto" significa dormir a (preposição) com o respectivo artigo (o ou a).

O correto seria escrever: O acidente aconteceu porque o motorista dormiu ao volante.

Mais alguns exemplos: A moça dormiu ao computador. O marinheiro dormiu ao timão. Romeu dormia à janela de Julieta.



* Confesso que me simpatizei com ela.

O verbo simpatizar, como também seu antônimo antipatizar não são empregados com pronomes. Portanto, escreve-se correto, grafando-se assim: Confesso que simpatizei com ela. Abaixo, seguem outros exemplos de frases corretamente escritas:

Você simpatizou com a moça, mas ela antipatizou com você. Antipatizo com políticos em geral. Simpatizamos com a nova professora. Eles antipatizam conosco.



* Começou nevar hoje cedo em Urubici.

Certas notícias são dadas de modo negligente, sem nenhuma preocupação com as regras do idioma. O verbo começar forma locução com outro verbo, no infinitivo, por intermédio da preposição A.

Exemplos: Nice começou a chorar. Naquela hora, Eliane começou a rir. Começou a chover.

Eis a frase-título corretamente escrita: Começou a nevar hoje cedo em Urubici.



* Residente à Rua Joana Sartóri.

As palavras residente, morador e situado não admitem a reposição A para ligar-se ao respectivo logradouro, mas, sim, a preposição locativa EM. Não se diz, por exemplo, que um imóvel está situado a Campinas, porém em Campinas.

Vejam os exemplos que seguem: O prédio está situado na Avenida Duque de Caxias. Márcio, morador na Travessa Cotia, prestou depoimento ontem. Resido na Alameda Tabajara.

A frase do topo, escrita corretamente, ficaria assim: Residente na Rua Joana Sartóri.

(Fonte: Pegadinhas de Língua Portuguesa – Internet)



É isso aí pessoal. Gostaram? Na próxima tem mais! Até lá.



*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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Desvendando algumas pegadinhas – Parte I

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Desvendando algumas pegadinhas – Parte I



Olá, pessoal. A partir desta semana, trarei a vocês algumas dicas que costumam pegar os pré-vestibulandos de surpresa na hora da prova. São expressões que, por força da oralidade, muitas vezes, caímos em erro e escrevemos da mesma forma que falamos.

Vamos lá?

*Desculpem o transtorno.

O verbo desculpar é transitivo direto e indireto, isto é, ele possui dois objetos: um direto e outro indireto. A ordem em que esses objetos figuram na oração é indiferente. Pode vir primeiro o objeto direto, depois o indireto, ou vice-versa. Trocando em miúdos, quem desculpa, desculpa alguém por alguma coisa. O objeto direto é sempre uma pessoa e o indireto é alguma coisa.

O correto seria escrever: Desculpem-nos pelo transtorno.

*Agradecemos a preferência.

Vamos aprender a agradecer em bom português. Muita gente boa agradece mal aos seus clientes por falta de conhecimento de transitividade verbal. O verbo agradecer, nessa construção, possui outra regência, que o transforma num transitivo indireto acompanhado de um adjunto adverbial de causa. Na frase errada, acima, o agradecimento é dirigido à causa (= a preferência) e não ao seu agente (= o cliente ou os clientes).

Para agradecer, corretamente, deve-se escrever assim: Agradecemos (aos nossos clientes) pela preferência.

*Gostaria de colocar minha opinião.

Opiniões não se colocam, se expõem ou se dão. Há também quem gosta de, ao final de um discurso, fazer uma colocação em vez de fazer uma exposição, que é muito mais coerente e elegante.

O correto seria escrever: Gostaria de expor minha opinião. Ou Gostaria de dar minha opinião.

*Vou explicar nos mínimos detalhes.

Veja como, às vezes, o excesso atrapalha. Há expressões, em nossa língua, classificadas como pleonasmos viciosos, que revelam a precariedade linguística de quem os escreve ou assim fala. Pleonasmo é a repetição de palavras ou expressões de mesmo sentido. A expressão viciosa "nos mínimos detalhes" equivale a aberrações como "subir pra cima", “descer pra baixo”, “chutar com os pés”, etc. Em “detalhe” já está contida a ideia de mínimo. Detalhe significa pormenor, minúcia, no mínimo. Se se pretendesse fazer a explicação em suas mínimas partes, seria suficiente fazê-la em detalhes, ou em seus pormenores, ou ainda em minúcias.

Então escrevamos corretamente: Vou explicar em detalhes. Ou Vou explicar detalhadamente.

(Fonte: Pegadinhas de Língua Portuguesa – Internet)



É isso aí, pessoal. Espero que vocês tenham gostado. Até a próxima!

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto


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quarta-feira, 23 de março de 2011

Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte III

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Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte III

Olá, pessoal. Nesta semana, trago para vocês um texto crítico sobre a mídia. Sabemos que o papel que ela exerce é de fundamental importância para a sociedade e que, com a rapidez das informações de hoje, podemos estar “antenados” a tudo o que acontece no mundo. Mas, o texto a seguir, retirado de um blog, vem questionar até que ponto a mídia tem cumprido seu papel na comunicação e a partir de que ponto ela começa a “exagerar” e “extrapolar” seus próprios limites. Vamos lá?



No que a mídia tem transformado as tragédias?
Durante a última semana podemos acompanhar a tragédia que vem abalando o mundo todo, os terremotos, maremotos, tsunami e por último as explosões nucleares que vem acontecendo no Japão. Com a globalização do mundo, a mídia mundial faz com que esses (e quaisquer acontecimentos) sejam rapidamente disseminados pelo mundo, levando informações (precisas ou não) para os quatro cantos do Planeta Terra.
Emissoras de televisão do mundo inteiro, mais precisamente no Brasil, com seus correspondentes internacionais, trazem todas as informações possíveis para os brasileiros, e também para parentes de pessoas que estão no país devastado. O que era para ser mostrado como tragédias, famílias abaladas, país em destruição, incentivar a solidariedade está começando a mudar de rumo... Quem tem os olhos abertos para o mundo e gosta de pensar pelo menos um pouco, pode perceber o poder da mídia. E todos sabem que poder é dinheiro.
A mídia percebeu isto e agora faz com que o que era motivo de ser uma solidariedade mundial, passe a ser um imenso gerador de lucros para eles. Notícias a todos os momentos, atualizações “bizarras”, com o intuito de “Quanto mais matérias tivermos, mais atingiremos ao público.”. E nessa podemos observar que a ajuda, que realmente deveria ser o ponto crucial é notavelmente “morta”.
E aí fica a minha pergunta, será que quando este noticiário sair da mente das pessoas, a mídia irá continuar investindo neste “nicho”? Pois com certeza o estrago feito pela tragédia não irá durar apenas alguns meses, como as massivas noticias que estão na mídia a todo tempo.
(Fonte: http://comunideia.blogspot.com)



O objetivo desse texto, pessoal, foi refletir na problemática do envolvimento econômico e de ibope que a mídia tem. É óbvio que não se pode generalizar. Há muitos meios de comunicação que efetivam seu papel com muita dedicação e profissionalismo. Mas o ideal é refletirmos sempre. É ousarmos duvidar do que vemos e ouvimos. É questionar. Só assim estaremos livres da alienação.

*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, por Juliana Barreto.

Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte II

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte II

Olá, pessoal! Vamos dar sequência aos nossos estudos? Quando se trata de comunicação e linguagem, um dos conteúdos mais cobrados, princiapalmente no Enem, são os elementos da comunicação, e, consequentemente, as funções ligadas a ele. Vamos lá?

Elementos da comunicação:

• Emissor - emite, codifica a mensagem;

• Receptor - recebe, decodifica a mensagem;

• Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;

• Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem;

• Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;

• Canal - meio pelo qual circula a mensagem.



Aprendemos que cada elemento da comunicação está diretamente ligado a uma função de linguagem. Vejamos:



Funções da linguagem:

• Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" (emissor), é carregada de subjetividade. Ligada a esta função está, por norma, a poesia lírica.

• Função apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor atua sobre o receptor, a fim de que este assuma determinado comportamento; há frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade. Percebam que ela está centrada no receptor (a quem queremos alcançar com nossa enunciação).

• Função metalinguística - função usada quando a língua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na análise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintácticos e/ou semânticos). Centra-se no código: o dicionário é um bom exemplo.

• Função informativa (ou referencial) - função usada quando o emissor informa objetivamente o receptor de uma realidade, ou acontecimento. Ou seja: está centrada no referente.

• Função fática - pretende conseguir e manter a atenção dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação).

• Função poética - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradáveis, etc. Em suma, é o trabalho com as palavras na mensagem. Percebemos muito isso nos poemas e letras de música.



Como vocês perceberam, o uso da linguagem se perfaz através não só dos elementos básicos, mas também da intencionalidade da comunicação. Para que uma comunicação seja bem-sucedida, é necessário que não haja nenhum “corte” ou falha no canal. Desta forma, percebe-se que o canal de comunicação deve estar adequado ao objetivo do emissor, àquilo que ele pretende alcançar com sua linguagem. Isso não é difícil de entender. Basta percebemos como as propagandas de produtos infantis expõem uma linguagem acessível: usam das cores, dos personagens de desenhos animados, e de uma linguagem infantil a fim de atingirem seu público-alvo, as crianças.



É isso, pessoal. Gostaram? Na próxima tem mais. Até lá.

Uma feijoada como objeto interdisciplinar (Rubem Alves)

Uma feijoada como objeto interdisciplinar

Uma boa notícia! Saiu publicada! O Conselho Nacional de Educação aprovou o fim de disciplinas no Ensino Médio! Será, então, possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam separados em História, Matemática, Química…
A notícia diz que um dos objetivos dessa medida é tornar os estudos mais atraentes. Sei que os estudos ficarão mais atraentes, mas mais do que isso: eles ficarão mais científicos. Por uma razão óbvia: todos os objetos sensíveis de conhecimento são interdisciplinares.
O que quero dizer com isso? Vou tomar como exemplo, um prato de feijoada. Por um prato de feijoada passa uma infinidade de maneiras de conhecer. Primeiro, o prazer gastronômico olfativo, gustativo, visual… Segundo, a arte de se fazer uma feijoada. Depois, a Física e a Economia, porque um prato de feijoada tem peso (Física) e custo (Economia) a ser determinado pela balança, se você está em um restaurante por quilo. A seguir vem a História: porque a feijoada não existiu sempre, ela foi inventada, possivelmente, pelos negros escravos que usavam as partes do porco que os patrões desprezavam. Também está presente a química do torresmo, da gordura, do colesterol. Depois, as consequências ecológicas e ambientais, pois a criação de porcos, dadas as suas dimensões, produz um impacto ambiental. Ao comer um bife, nenhuma pessoa imagina que com ele, o bife, vai uma pequena parte da Amazônia.
Mas a nossa tradição, por razões bem compreensíveis, foi levada a separar as coisas em compartimentos estanques: a Física, a Química, a História, a Geografia. Tomou-se consciência, então, da necessidade de juntar aquilo que as ciências individuais haviam separado. Mas como fazer isso? Costurar as ciências? Não basta colocar todas juntas. Isso só criaria uma torre de Babel. Mas a solução é simples… Em vez de se partir dos conhecimentos separados das ciências, cada uma delas falando uma linguagem diferente, partir-se das coisas: da laranja, da pera, da caravela, do cavalo, do peixe, da casa… Ah! A casa… Que magnífico objeto que só existe pela cooperação de várias ciências, de vários saberes, de vários ofícios…
Em uma entrevista, perguntaram ao Amyr Klink qual era a escola ideal, e ele respondeu que era uma escola numa ilha localizada entre a Inglaterra e a Islândia, onde as crianças aprendem tudo o que é para ser aprendido construindo uma casa viking.
Foi pensando nisso que escrevi um livro para crianças e adolescentes com o título Vamos construir uma casa?
Continua a notícia dizendo que a intenção é que a atual estrutura curricular, organizada em disciplinas, seja substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, a fim de que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos.
E há mais outra modificação: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo estudante! Coisa tão óbvia… Não existe a menor razão para que um aluno apaixonado por literatura seja obrigado a resolver problemas de Química.
Mas eu gostaria de sugerir uma pequena modificação para que a proposta do Ministério fique perfeita: acho horrível a expressão grade curricular. Acho que ela foi inventada por um carcereiro desempregado: os saberes dentro de grades… Muito mais de acordo com o espírito do Ministério seria caminhos curriculares.

Rubem Alves. Fonte: Portal Positivo
http://blog.educacional.com.br/rubem_alves/p101773/


Boa proposta. Mas... Com isso,seria mudado também o processo seletivo que ingressa estudantes nas universidades? Porque a única tentativa de um vestibular mais justo feita até agora (o "novo enem")  ainda está muito longe do ideal. Não se avalia, não se prepara mentes, não se cria pensamentos críticos. Consequentemente, as universidades recebem, cada vez mais, alunos pouco preparados ou nada preparados para o mundo acadêmico.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte I

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte I



Olá, pessoal. Após essa semana de descanso e folia de carnaval, voltemos aos estudos. Nesta edição, aprenderemos alguns conceitos básicos sobre comunicação e linguagem, e como isso é cobrado nos vestibulares, mais particularmente no Enem.

Sabemos que no Enem há uma tendência muito forte de explorar a área de linguagem em suas mais diversas possibilidades. Com isso, tem aparecido na prova um número grande de cartuns, charges, HQ’s, etc, o que, para muitas pessoas, dificulta a resolução da questão, por exigir mais esforço interpretativo. O objetivo dos vestibulares ao cobrar esse tipo de texto é fazer com que o pré-vestibulando saiba articular melhor as várias possibilidades de linguagem e comunicação. Vamos aos conceitos!

Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies ou tipos: linguagem visual, corporal, gestual, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos (Wikipedia). Já Ferdinand de Saussure vem explicar o que é a língua: “uma soma de sinais depositados em cada cérebro, mais ou menos como um dicionário cujos exemplares, todos idênticos, fossem repartidos entre os indivíduos”. Assim sendo, a fala se torna a manifestação individual da língua.

Sabemos que muitas coisas no ato da comunicação interferem no que queremos dizer. Ou seja, a entonação, a força em determinada sílaba do início ou final da palavra, a separação silábica intencional, tudo isso faz com que consigamos explicar melhor nossas intenções de comunicadores. Além disso, como falantes, temos a possibilidade de usar diferentes normas de linguagem, a citar:

As variantes coletivas (ou subcódigos) dentro de um mesmo domínio linguístico dividem-se em dois tipos principais: diatópicas (variantes ou normas regionais) e diastráticas (variantes culturais ou registros).

• As variantes diatópicas caracterizam as diversas normas regionais existentes dentro de um mesmo país e até dentro de um mesmo estado, como o falar gaúcho, o falar mineiro, etc. Por exemplo, “cair um tombo”, no Rio Grande do Sul; “levar um tombo”, no Rio de Janeiro.

• As variantes diastráticas, intimamente ligadas à estratificação social, evidenciam a variedade de diferenças culturais dentro de uma comunidade e podem subdividir-se em norma culta padrão, norma coloquial e norma popular (também chamada de vulgar). A norma culta é a modalidade escrita empregada na escola, nos textos oficiais, científicos e literários. Baseada na tradição gramatical, é a variante de maior prestígio sociocultural. Ex.: Há muito tempo não o vejo. Vendem-se carros. Havia dez alunos em sala. A norma coloquial é aquela empregada oralmente pelas classes médias escolarizadas. Viva e espontânea, seu grau de desvio em relação à norma culta pode variar conforme as circunstâncias de uso. Ex.: Tem muito tempo que não lhe vejo / não vejo ele. Vende-se carros. Tinha dez alunos em sala. A norma popular caracteriza a fala das classes populares semiescolarizadas ou não escolarizadas. Nessa modalidade, o desvio em relação à norma gramatical é maior, caracterizando o chamado “erro”. Ex.: A gente fomos na praia. Dois cachorro-quente custa três real.

Por enquanto, ficaremos por aqui. Mas na próxima tem mais! Até lá.

Dilma Presidente ou Dilma Presidenta?

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...





Dilma Presidente ou Dilma Presidenta?



Olá, pessoal. Na semana passada, recebi um e-mail com um artigo que fazia o seguinte questionamento: afinal, fala-se presidenta ou presidente, no caso da Dilma? Por ter achado extremamente interessante a colocação feita pelos autores do artigo, resolvi colocá-lo aqui para vocês. Mesmo que haja uma certa crítica implícita – e me isento de qualquer envolvimento político –, tenho certeza de que muitos irão gostar das explicações dadas pelos professores em questão. Vamos lá?



Queridos Amigos,

Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a senhora Dilma Roussef e seus sequazes, pretendem que ela venha a ser chamada de “a primeira presidenta do Brasil”, tal como atesta toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia. Presidenta???

Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua? Bem, vejamos: No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante...

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionarem à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta." (Antonio Oirmes Ferrari, Maria Helena e Rita Pascale; Fonte: Internet - adaptado).



Como vocês puderam perceber, a crítica se faz pelo fato de a nossa PRESIDENTE usar a forma “presidenta” com o intuito de chamar a atenção do público feminino. Assim como existe esse erro, muitas pessoas trocam letras ou fonemas na hora de escrever ou pronunciar certas palavras. Vocábulos como a fim (finalidade – a fim de que passe no concurso) e afim (semelhança – matemática e física são matérias afins); há (passado – há tempos) e a (futuro – daqui a pouco); ou o uso dos “porquês”, apenas para citar alguns exemplos, são casos de muitos erros em vestibular e no próprio cotidiano. Para evitar errar, é necessário prática. O uso dos porquês, por exemplo, requer tantas regrinhas que vai ficar para uma outra aula.

Gostaram? Então até a próxima!

Verbos de Regência Oscilante – Última Parte

PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Verbos de Regência Oscilante – Última Parte

            Olá, pessoal! Dando sequência aos estudos da semana anterior, vejamos mais alguns exemplos de verbos com regência oscilante (que varia de acordo com a necessidade/ contexto).
1. Precisar e necessitar podem ser VTD ou VTI, com a prep. de. Ex.: Precisamos pessoas honestas./ Precisamos de pessoas honestas.
2. Abdicar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de, e também VI. Ex.: O Imperador abdicou o trono./ O Imperador abdicou do trono./ O Imperador abdicou.
3. Gozar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de. Ex.: Ele não goza sua melhor forma física./ Ele não goza de sua melhor forma física.
4. Acreditar e crer podem ser VTD ou VTI, com a prep. em. Ex.: Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias./ Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias.
5. Atentar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com as prep. para e por. Ex.: Em suas redações atente a ortografia./ Deram-se bem os que atentaram nisso./ Não atentes para os elementos supérfluos./ Atente por si, enquanto é tempo.
6. Cogitar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com a prep. de. Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro./ Hei de cogitar no caso./ O diretor cogitou de demitir-se.
7. Consentir pode se VTD ou VTI, com a prep. em. Ex.: Como o pai desse garoto consente tantos agravos?/ Consentimos em que saíssem mais cedo.
8. Ansiar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por. Ex.: Ansiamos dias melhores./ Ansiamos por dias melhores.
9. Almejar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por, ou VTDI, com a prep. a. Ex.: Almejamos dias melhores./ Almejamos por dias melhores./ Almejamos dias melhores ao nosso país.
10. Faltar, Bastar e Restar podem ser VI ou VTI, com a prep. a. Ex.: Muitos alunos faltaram hoje./ Três homens faltaram ao trabalho hoje./ Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Obs.: Na última frase apresentada não há erro algum, como à primeira vista possa parecer. A tendência é de o aluno concordar o verbo estudar com a palavra vestibulando, construindo a oração assim: “Resta os vestibulandos estudarem”. Porém, essa construção está totalmente errada, pois o verbo é transitivo indireto, de forma que: resta a alguém. Então, “vestibulandos” funciona como objeto indireto e não como sujeito. Nenhum verbo concorda com o objeto indireto.
11. Pisar pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a prep. em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar. Ex.: Pisei a grama para poder entrar em casa. (ideia de quem pisa, pisa alguma coisa)/ Não pise no tapete, menino! (ideia de que o verbo PISAR é intransitivo, não necessita de complemento, sendo TAPETE apenas um adjunto adverbial de lugar. Aqui, o menino poderia estar pisando em qualquer lugar. A frase, inclusive, dispensa o adjunto adverbial – termo acessório: Não pise, menino!)
            Gostaram? Então até a próxima!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Verbos de Regência Oscilante – Parte I

PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Verbos de Regência Oscilante – Parte I


            Olá, pessoal. Como estão? Na primeira matéria deste ano, fizemos um breve estudo sobre a regência de alguns verbos e surgiram algumas dúvidas sobre os chamados verbos de regência oscilante.
São os verbos que mudam a sua regência conforme a necessidade, ou seja, o sentido e a intenção da fala. Vejamos alguns exemplos:

O Verbo Assistir: pode ser VTD ou VTI, com a preposição a, quando significar ajudar, prestar assistência.
Exemplos: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

O Verbo Chamar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a, quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir precedida da prep. de, ou não. Observem as frases:
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.

O Verbo Atender pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Vejam:
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.

O Verbo Anteceder pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
Ex.: A velhice antecede a morte.
A velhice antecede à morte.

O Verbo Presidir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
Ex.: Presidir o país.
Presidir ao país.

O Verbo Renunciar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
Ex.: Nunca renuncie seus sonhos.
Nunca renuncie a seus sonhos.

O Verbo Satisfazer pode ser VTD ou VTI, com a prep. a.
Ex.: Não satisfaça todos os seus desejos.
Não satisfaça a todos os seus desejos.

            Na próxima semana, veremos mais alguns casos. Gostaram? Então até lá!

*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Antunes Barreto, em 19/02/2011.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Erros imperdoáveis nas Pérolas do Enem

PLANTÃO DO VESTIBULANDO


Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



Erros imperdoáveis nas Pérolas do Enem



Olá, pessoal. Como estão? Ao longo deste ano, as dicas do Plantão do Vestibulando estarão um pouco mais voltadas para a realidade do Enem, esse processo seletivo que promete ser mais justo que o vestibular tradicional. Assim, que tal começarmos com as pérolas dos alunos? Seguem abaixo alguns dos erros mais terríveis e inadmissíveis das redações feitas por alunos candidatos ao Enem. Vamos lá?



1. O sero mano tem uma missão...

2. O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas.

3. O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!

4. A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.

5. Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele.

6. O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes.

7. É um problema de muita gravidez.

8. A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.

9. Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia.

10. A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando.

11. O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.

12. Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil.

13. .... menos desmatamentos, mais florestas arborizadas.

14. Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.

15. Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.

16. Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira...

17. .... são formados pelas bacias esferográficas.

18. Eu concordo em gênero e número igual.

19. Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio...

20. Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.

21. As chuvas foram fortes, mas não tivemos danos morais.



Como vocês puderam perceber, os erros variam de enganos com a ortografia à falta de informação. Isso prejudica a qualidade do texto e põe em dúvida a capacidade do aluno de ocupar aquela vaga. Para evitar esses erros, é necessário praticar mais a escrita e a leitura. Somente assim, será possível aprender a ortografia correta das palavras e obter informação suficiente pra enfrentar um processo seletivo tão concorrido. Portanto, vamos estudar mais!!!

É isso aí, pessoal. Gostaram? Então até a próxima!

11/02/2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A partir de hoje NÃO NAMORO MAIS COM o Pedro

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...



A partir de hoje NÃO NAMORO MAIS COM o Pedro



Olá, pessoal. Feliz 2011 a todos nós! Agradeço, mais uma vez, pela parceria com a qual eu pude contar durante todos esses anos junto ao Jornal A Semana, e pela fidelidade de vocês, amigos leitores! O estudo desta semana será sobre Regência. Vamos lá?

A regência estuda a relação entre os termos da oração ou entre as orações de um período. (Fonte: Brasil Escola)

Vejamos alguns exemplos clássicos:

1. Chegar / ir

Incorreto: Cheguei no cinema./ Vou no banheiro.

Correto: Cheguei ao cinema./ Vou ao banheiro.



2. Namorar

Incorreto: Maria namora com Pedro.

Correto: Maria namora Pedro.



3. Obedecer / Desobedecer

Incorreto: Ele obedeceu o pai imediatamente.

Correto: Ele obedeceu ao pai imediatamente.



4. Preferir

Incorreto: Prefiro chocolate do que bala./ Prefiro muito mais um livro do que um filme.

Correto: Prefiro chocolate a bala./ Prefiro um livro a um filme.



5. Simpatizar

Incorreto: Não me simpatizei com as ideias daquele garoto./ O rapaz simpatizou-se com a moça.

Correto: Não simpatizei com as ideias daquele garoto./ O rapaz simpatizou com a moça.



6. Esquecer / lembrar

Há duas regências: Lembrei o dia do seu aniversário. / Lembrei-me do dia do seu aniversário.

Esqueci o que aconteceu entre nós. / Esqueci-me do que aconteceu entre nós.

Dica: quem se esquece, sempre se esquece de alguma coisa. Mas, quem esquece, sempre esquece alguma coisa, sem preposição!

Percebemos que o estudo da regência está intimamente ligado ao estudo das preposições, ou seja, verificamos se determinado verbo é transitivo direto, ou indireto, ou se, ainda, é intransitivo. Da mesma forma, estudamos se as expressões nominais requerem ou não preposição e, em caso afirmativo, qual delas caberá a cada expressão.

Gostaram? Então até a próxima!

* Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, por Juliana Antunes Barreto, em 04/02/2011.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De volta à ativa!

Olá, pessoal!!! Estou retornando às minhas atividades no blog e na minha coluna "Plantão do Vestibulando", no Jornal A Semana, de Pirapora-MG.

Dúvidas? Sugestões? Estou à disposição!!! Conte comigo.

msn: ahhfalaserio@hotmail.com