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domingo, 28 de março de 2010

Cobra Norato – Parte I

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Cobra Norato – Parte I

Olá, pessoal! Já estão abertas as inscrições do processo seletivo 2/2010 da UNIMONTES e terminam no dia 16 de abril. Acessem o site www.cotec.unimontes.br e façam já a sua inscrição! E, por falar nisso... A partir desta edição, farei comentários das obras do vestibular da Unimontes, esclarecendo dúvidas dos pré-vestibulandos, mostrando resumos, análises, explicando simbologias e elucidando o quanto for possível sobre a interpretação dos livros: “Paraísos artificiais”, de Paulo Henriques Britto; “Sagarana”, de Guimarães Rosa; “Cobra Norato”, de Raul Bopp; “Crônica da casa assassinada”, de Lúcio Cardoso; e “Por trás dos vidros”, de Modesto Carone. Começaremos por Cobra Norato.

O Livro de Raul Bopp conta a história do poeta, que estrangula a Cobra Norato e enfia-se em sua pele elástica para sair dos confins da floresta amazônica em direção a Belém do Pará, em busca da filha da Rainha Luzia, com quem ele quer se casar. O primeiro passo da caminhada é apagar os olhos, escorregar no sono e entrar na floresta cifrada. Sob a sombra fechada das árvores, entre sapos beiçudos, charco, lama, atoleiros provocados pelas águas dos rios, Norato avança e cumpre as missões impostas pelo mascarão que encontra no meio do caminho: passar por sete portas, ver sete mulheres brancas guardadas por um jacaré; entregar a sombra para o Bicho do Fundo; beber três gotas de sangue, etc. Norato cumpre as provas, mas não encontra a moça. Avança sozinho pela selva insone. A região torna-se lúgubre. É a floresta de hálito podre, de raízes desdentadas saltando do lodo. Cobra Norato alcança o fundo da floresta, onde a terra é fabricada e as árvores passam a noite tecendo folhas em segredo. Está perdido em um escuro labirinto de árvores. Onde afinal andará a filha da rainha Luzia? O tatu propõe que partam para o lago Onça-poiema. Cobra Norato refresca-se nas águas do rio, comunga com os animais que por ali pastam. Quando partem novamente para o interior abafado da floresta, a noite já está se fechando. Os dois rumam, pelo mangue, para as bandas do Bailique, pois querem ver chegar a pororoca. Na casa das farinhadas grandes, as mulheres trabalham nos ralos mastigando os cachimbos. Joaninha Vintém conta o causo do boto que a surpreendeu enquanto lavava roupa. Vendo a animação da festa, Norato e o tatu viram gente. Cantam, dançam os chorados de viola, bebem cachaça. Na hora de partir, Joaninha Vintém quer ir junto, mas Norato não aceita. Pegam o corpo que ficou lá fora e eles continuam a viagem. Ao longe, flutuando no rio, Norato vê um navio com casco de prata. O tatu o corrige: não era um navio, era a Cobra Grande. Quando começa a lua cheia, ela aparece para buscar moças virgens. A Cobra Grande estava para se casar e Norato decide assistir a esse casamento. Na casa da Boiuna, um cururu se posta de sentinela. Norato esgueira-se pelos fundos da grota e avista a noiva da Cobra Grande, que é exatamente a filha da rainha Luzia. Mas Cobra Grande acorda e começa a perseguição sem fim. Cobra Norato consegue enganar o rival e volta para o Sem-fim, levando consigo a sua noiva e convidando a todos para a festa de casamento que há de durar sete luas e sete sóis.

Como vocês puderam perceber, Cobra Norato é uma obra cheia de lendas, folclore, recursos poéticos, fazendo um excelente trabalho com as palavras. Na próxima, elucidarei mais detalhes sobre o livro. Até lá.

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 01/04/2010.

O Modernismo Brasileiro – Última Parte

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

O Modernismo Brasileiro – Última Parte

Olá, pessoal! Na semana anterior, relembramos o que foi o chamado Modernismo Literário, aprendendo um pouco mais sobre o que acontecia no mundo e, em especial, no nosso país. A partir de agora, a fim de comentar as obras literárias do processo seletivo 2/2010 da Unimontes, veremos as principais características do Modernismo.

  • Combate ao passadismo; contra os padrões clássicos e tradição: Se o objetivo do Modernismo era “modernizar” a nossa cultura, era necessário deixar para trás os conceitos ultrapassados de arte e inovar em todos os sentidos.
  • Irreverência contra o pré-estabelecido: A forma como o Modernismo passa a encarar a arte é revolucionária, rompendo preconceitos e quebrando normas.
  • Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação: Os modernistas vão romper com o rigor formal do poema, antes tanto utilizado em nossa literatura, passando a escrever de forma livre. A liberdade na escrita vem confirmar a amplitude do pensamento da época.
  • Linguagem coloquial, do dia-a-dia; regionalismo: Tipos como o sertanejo, o caipira, os negros e índios, que, até então, haviam sido marginalizados na literatura brasileira, tomam conta do cenário literário. Assim, é possível chegar a uma melhor ideia do que é tipicamente brasileiro, a nossa “cor local”.
  • Humor, ironia, paródia e poema-piada: esses itens também vão mostrar a tentativa de inovação na arte literária; trata-se de uma nova maneira de fazer crítica.
  • Busca do novo, original, dinâmico, refletindo a industrialização, máquinas, motores: A presença da modernidade, da máquina, da tecnologia, foi marcante nessa época. Através disso, os poetas contrastavam os benefícios e os malefícios de uma sociedade capitalista cada vez mais dinâmica (e individualista).
  • Sem enfeites e rebuscamentos; a simplicidade: Ao contrário de muitos estilos de época anteriores, o Modernismo trabalha, de forma geral, com a simplicidade das palavras, escolhendo vocabulários mais próximos do povo, a fim de atingir um maior público-alvo.
  • Abstenção de uma postura sentimental: A expressão dos sentimentos de amor e do egoísmo tipicamente românticos passa a dar lugar a expressões universais, como a fome, a miséria, o saudosismo, a luta de classes, o preconceito, etc.
  • Preocupação com a observação e análise crítica da realidade: Também chamada de literatura engajada, esse tipo de arte trata dos problemas da sociedade para alertar a população sobre seus direitos. Isso também fez parte do Modernismo.
  • Consciência nacional: Os poetas brasileiros passaram a buscar uma valorização maior do que é “nosso”, evitando cópias desnecessárias da Europa.

É isso, pessoal. Na próxima começaremos a analisar, resumidamente, as obras literárias. Até lá.

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 26/03/2010.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O Modernismo Brasileiro

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

O Modernismo Brasileiro

Olá, pessoal! A partir desta semana, estaremos nos preparando para aprender um pouco mais sobre as obras literárias propostas pelo processo seletivo 2/2010 da Unimontes. Para isso, relembremos o que foi o estilo de época brasileiro chamado de Modernismo!

Na Europa, o começo do século XX foi uma época de conturbação política. A disputa das nações desenvolvidas por mercados e por fontes de matéria-prima acabaria por conduzir à Primeira Guerra Mundial, em 1914. O panorama social brasileiro, embora um pouco distante desse âmbito de luta internacional, não era menos complexo. Uma série de revoltas eclodiram em todo o país, com motivos diversos. Em seu conjunto, essas revoltas podem ser vistas como manifestações de uma nova paisagem social, na qual forças políticas até então tímidas (sertanejos, miseráveis, imigrantes, soldados de baixa patente, etc) começaram a marcar presença no cenário brasileiro. Surgiriam novas ideias sobre arte...

A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Cada dia da semana foi dedicado a um tema: respectivamente, pintura e escultura, poesia e literatura e música. Esta semana representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse. Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral.

O Movimento Antropofágico foi uma manifestação artística brasileira da década de 1920. Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald de Andrade, o movimento antropofágico (canibalismo) brasileiro tinha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura estrangeira, ou seja, não se deve negá-la, mas ela não deve ser imitada. Foi um dos marcos do modernismo brasileiro e tem como principal obra a pintura Abaporu de Tarsila do Amaral.

O Movimento Pau-Brasil foi lançado em 1924 por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e apresentava uma posição primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil, inspirada nos movimentos de vanguarda europeus. O movimento exaltava o progresso e a era presente, o primitivo e o moderno, o nacional e o cosmopolita. Em meio a tantas novidades, surgiu o nosso Modernismo Literário... o qual veremos na próxima edição. Até lá!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em19/03/2010.

NOVAS REGRAS - HÍFEN (COMPLETO)

Uso do hífen com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.

*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.

* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte - belo-horizontino

Porto Alegre - porto-alegrense

Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul

Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte

África do Sul - sul-africano

6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.

Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:

a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).

b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

Casos gerais

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:

anti-higiênico

anti-histórico

macro-história

mini-hotel

proto-história

sobre-humano

super-homem

ultra-humano

2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:

micro-ondas

anti-inflacionário

sub-bibliotecário

inter-regional

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:

autoescola

antiaéreo

intermunicipal

supersônico

superinteressante

agroindustrial

aeroespacial

semicírculo

* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:

minissaia

antirracismo

ultrassom

semirreta

Casos particulares

1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:

sub-região

sub-reitor

sub-regional

sob-roda

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:

circum-murado

circum-navegação

pan-americano

3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:

além-mar

além-túmulo

aquém-mar

ex-aluno

ex-diretor

ex-hospedeiro

ex-prefeito

ex-presidente

pós-graduação

pré-vestibular

pró-europeu

recém-casado

recém-nascido sem-terra

vice-rei

4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras.

Exemplos:

coobrigação coedição coeducar cofundador coabitação coerdeiro corréu corresponsável cosseno

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:

preexistente preelaborar reescrever reedição

6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:

ad-digital ad-renal ob-rogar ab-rogar

Outros casos do uso do hífen

1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos: (acordo de) não agressão (isto é um) quase delito

2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo

* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:

capim-açu amoré-guaçu anajá-mirim

4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:

ponte Rio-Niterói eixo Rio-São Paulo

5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta- -se que ele foi viajar.

O diretor foi receber os ex- -alunos.

fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePag=novaortografia&languageText=portugues-portugues

segunda-feira, 8 de março de 2010

Redação: as trinta dicas que rolam na rede

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Redação: as trinta dicas que rolam na rede

Olá, pessoal! Atendendo a alguns pedidos de internautas, trouxe para vocês nesta semana as dicas que mais aparecem na Internet quando o assunto é Redação. Vamos lá?

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??…então valeu!

9. Palavras de baixo calão, p***a, podem transformar o seu texto numa *****.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem ideias próprias”.

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma vez, ou por outras palavras, não repita várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras! ..nada de mandar esse trem…vixi..entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

É isso aí. Até a próxima!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 12/03/2010.

TERMOS DE COESÃO

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

TERMOS DE COESÃO

Olá, pessoal! Conforme o combinado, nesta semana darei algumas dicas de Redação. Provavelmente, todos vocês já perceberam que, ao escrever um texto, é necessário unir não só as ideias, como também as palavras, as frases, os parágrafos, em um todo. Ou seja, é preciso estabelecer vínculos entre os termos dentro de um texto. Problemas como repetição de palavras, falta de vocabulário, etc, não podem acontecer. Para evitar isso, estudamos a Coesão: a ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. Seguem abaixo alguns exemplos de termos de coesão: que são as expressões que promovem essa conexão.

As Palavras de transição são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos). São preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. Vejam algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos: - inicialmente (começo, introdução); - primeiramente (começo, introdução); - antes de tudo (começo, introdução); - desde já (começo, introdução); - além disso (continuação); - do mesmo modo (continuação); - acresce que (continuação); - ainda por cima (continuação); - bem como (continuação); - outrossim (continuação); - enfim (conclusão); - dessa forma (conclusão); - em suma (conclusão); - nesse sentido (conclusão); - portanto (conclusão); - afinal (conclusão); - logo após (tempo); - ocasionalmente (tempo); - posteriormente (tempo); - atualmente (tempo); - enquanto isso (tempo); - imediatamente (tempo); - não raro (tempo); - concomitantemente (tempo); - igualmente (semelhança, conformidade); - segundo (semelhança, conformidade); - conforme (semelhança, conformidade); - assim também (semelhança, conformidade); - de acordo com (semelhança, conformidade); - daí (causa e consequência); - por isso (causa e consequência); - de fato (causa e consequência); - em virtude de (causa e consequência); - assim (causa e consequência); - naturalmente (causa e consequência); - então (exemplificação, esclarecimento); - por exemplo (exemplificação, esclarecimento); - isto é (exemplificação, esclarecimento); - a saber (exemplificação, esclarecimento); - em outras palavras (exemplificação, esclarecimento); - ou seja (exemplificação, esclarecimento); - quer dizer (exemplificação, esclarecimento); - rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).

Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: - pronomes pessoais (eu, tu, ele, me, te, os...); - pronomes possessivos (meu, teu, seu, nosso...); - pronomes demonstrativos (este, esse, aquele...); - pronomes indefinidos (algum, nenhum, todo...); - pronomes relativos (que, o qual, onde...); - advérbios de lugar (aqui, aí, lá...), etc.

Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. Ex: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; etc.

Assim fica mais fácil, não é? Vocês podem usar e abusar dessas palavras para evitar repetições e proporcionar uma melhor conexão do seu texto. Boa sorte!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 05/03/2010.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Atenção para o resumo das novas regras ortográficas:

Trema

Extinção do trema

Desaparece em todas as palavras:

freqüente frequente
lingüiça linguiça
seqüestro sequestro
ATENÇÃO! O trema permanece em nomes como Müller ou Citröen.

Novas Regras Ortográficas- Hifen

Hífen

Eliminação do hífen em alguns casos

O hífen não será mais utilizado nos seguintes casos:

1. Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente:

extra-escolar extraescolar
aero-espacial aeroespacial
auto-estrada autoestrada

2. Quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes serem duplicadas:

anti-religioso antirreligioso
anti-semita antissemita
contra-regra contrarregra
infra-som infrassom
ATENÇÃO! O hífen será mantido quando o prefixo terminar em r- Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

Mudanças em Portugal

Grafia (Portugal)

Alterações limitadas a Portugal

Desaparecem o c e o p de palavras em que essas letras não são pronunciadas:

acção ação
acto ato
adopção adoção
óptimo ótimo

Regras sobre o alfabeto

Alfabeto

Inclusão de três letras

Passa a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k“, “w” e “y“.

Novas Regras Ortográficas

Acento agudo no u forte

Desaparece o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar:

averigúe averigue
apazigúe apazigue
ele argúi ele argui
enxagúe você enxague você
ATENÇÃO! As demais regras de acentuação permanecem as mesmas.

Novas Regras Ortográficas

Acento diferencial

Some o acento diferencial (aquele utilizado para distinguir timbres vocálicos):

pêlo pelo
pára para
pólo polo
pêra pera
côa coa
ATENÇÃO! Não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento circunflexo.

Novas Regras Ortográficas

Acento agudo de algumas palavras paroxítonas

Some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas:

baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
ATENÇÃO! Se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí

Novas Regras Ortográficas

Acentuação dos ditongos das palavras paroxítonas

Some o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte):

idéia ideia
bóia boia
asteróide asteroide
Coréia Coreia
platéia plateia
assembléia assembleia
heróico heroico
estréia estreia
paranóia paranoia
Européia Europeia
apóio apoio
jibóia jiboia
jóia joia
ATENÇÃO! As palavras oxítonas como herói, papéis, troféu mantêm o acento.

Novas Regras Ortográficas

Acento circunflexo em letras dobradas

Desaparece o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos):

crêem creem
lêem leem
dêem deem
vêem veem
prevêem preveem
enjôo enjoo
vôos voos