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segunda-feira, 27 de julho de 2009

A propaganda é a alma!!!

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... A propaganda é a alma!!! Olá, pessoal! Inúmeras vezes ouvimos o clichê: “a propaganda é a alma do negócio”. Mas algo é imprescindível repetir: tem gente que abusa... Observem as fotos:
O cavalo que está à venda serve como sua própria forma de publicidade. É interessante (e, engraçado, por sinal) a criatividade do vendedor, partindo do princípio de que o produto o qual está à venda já serve como propaganda. “Dois coelhos numa cajadada só”!!! Afinal, se podemos escrever “VENDE-SE” nos vidros dos carros, por que não nos cavalos??? Mas, em relação ao aviso pregado à parede, convenhamos... até agora estou aqui tentando imaginar qual é a sua finalidade!!! E temos mais! Observem.
Na faixa, os grevistas estão tão “desesperados” pela ajuda dos companheiros de serviço que usam um termo totalmente coloquial (para não dizer vulgar) a fim de chamar a atenção dos colegas: TRAZEIRO. Os grevistas confundiram a letra Z com o som do S entre duas vogais (que é de Z). Deveriam ter escrito: TRASEIRO, referente àquilo que está situado atrás; que fica na parte posterior; enfim, “nádegas”. Só faltou mandar os colegas mexerem o traseiro e “ralarem o tchan”. Quanto à última análise, houve um “pequenino” exagero cometido ao fazer a propaganda do estabelecimento, uma vez que o local fica aberto durante tanto tempo, mas tanto tempo que ultrapassa as 24 horas do dia e vai até às 24:45. De repente, o dia dura umas 25 horas... quem sabe??? Tudo bem, né? Fazer o quê? É isso aí, pessoal! Até a próxima!
JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em JULHO/2009.

ELES GOSTAM DAS COISAS MUITO BEM EXPLICADINHAS...

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
“Eles gostam das coisas muito bem explicadinhas...”
Olá, pessoal! O final da frase acima vocês já conhecem e já devem imaginar o que vem por aí...Nas edições anteriores, apresentei críticas a nomes de estabelecimentos ou a faixas que continham erros de lógica, de ortografia (da Língua Portuguesa ou de estrangeirismos) e, desta vez, irei trabalhar com a tentativa de explicar demais o que se pretende dizer. Vamos lá?
Na imagem do banheiro, o dono do estabelecimento foi bastante detalhista. Quis tomar o cuidado de ser enfático para que seus clientes não confundissem nenhuma informação. Primeiramente, além dos famosos “bonequinhos” indicativos de “homens” e “mulheres”, o nosso nobre comerciante ainda fez questão de especificar: o bonequinho de calças indica “ELE”, e a bonequinha de saia indica “ELA”. Como se não bastasse, a outra famosíssima inscrição WC está no centro do aviso, ao lado de duas setas indicativas de que um banheiro é para “homens” e o do lado oposto, para “mulheres”. Inclusive, a expressão WC é inglesa e, voltando no tempo... “Os urinóis foram sucedidos por instalações higiênicas dotadas de um buraco ligado a um encanamento que levava os dejetos diretamente à fossa, com consequências catastróficas para os narizes próximos. Em 1875, James T. Henry e William Campbell tiveram a ideia de colocar um sifão na saída do vaso sanitário de maneira que se (...) impediu a passagem do mau cheiro vindo da fossa. A invenção fez tanto sucesso que os donos dos banheiros que dispunham desse recurso alardeavam o fato colocando em letras garrafais nas suas portas a sigla WC, que significa ‘Water closet’ - ou selado a água” (fonte: veja.abril.com.br). Será se nosso amigo comerciante sabia disso?
Bem, isso não importa. Vamos analisar os devidos preços e serviços oferecidos pelo estabelecimento. “DEFECA” significa “Defecar”: expulsar naturalmente os excrementos, o que, para o dono do local, é um “serviço” mais caro. O verbo só foi utilizado incorretamente pela falta da letra R indicativa de infinitivo, como: AMAR, FAZER, PARTIR. Quanto ao “serviço” mais barato (50 centavos), trata-se de “Mijar” (relembrando que os verbos no infinitivo terminam em R), significando: urinar. Esta ficou ainda menos adequada por ter sido escrita numa linguagem bem popular, praticamente vulgar.
Todavia, assim como os comerciantes, algumas pessoas também se preocupam em esbanjar detalhes, a fim de que o recado seja muito bem dado e, portanto, muito bem entendido, como pode ser percebido na figura da garagem. Provavelmente, por ter-se irritado com alguns motoristas que podem ter estacionado em frente à garagem da casa em destaque, o dono desta teve a iniciativa de ser prolongado, enfático e também lúdico: escreveu a palavra GARAGEM em um portão no qual já se nota claramente tratar-se de: um “abrigo onde se guardam e conservam automóveis, ônibus, etc”. Não satisfeito, perguntou: “Você sabe ler?”, o que, obviamente, é inútil, já que o escrito não seria lido por quem não sabe ler (!!!). E finalizou com “chave de ouro” – (desculpem-me o clichê) dividindo a palavra em sílabas. Depois dessa, se alguém estacionou ali em frente foi, no mínimo, de propósito e por provocação!!!
È isso aí. Até a próxima!
JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em JULHO/2009.

terça-feira, 14 de julho de 2009

EU ACREDITO EM MILAGRES!!!

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
EU ACREDITO EM MILAGRES!!!*
Olá, pessoal! Vocês já devem estar esperando mais algum verdadeiro abuso (para não dizer assassínio) à Língua Portuguesa ou às línguas estrangeiras. Sim, acertaram! Mas, desta vez, mostrarei como o mau uso das palavras pode causar situações paradoxais. Paradoxo é uma Figura de Linguagem que simboliza a junção de termos contraditórios no mesmo pensamento, proporcionando uma quebra na lógica. Quem nunca ouviu falar nos famosos versos de Camões: “Amor é fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói e não se sente”??? Vocês puderam ver como o amor é retratado nesse trecho do poeta como algo paradoxal, o qual nem mesmo quem sente sabe explicar. É exatamente esse mistério que o amor causa dentro de nós, seres humanos, que faz da Literatura uma maravilha, que impulsiona o poeta a ver além do que está escrito, a escrever além das palavras, enfim, trata-se da magia de ludibriar e deixar-se ludibriar pela ficção literária. Lindo, não? Quando se trata de Literatura! Mas... “tem gente que abusa”... Observem a faixa abaixo:
Como vocês devem ter reparado (e rido também!), na propaganda há um paradoxo. Afinal, como o Pastor Lúcio, o qual já morreu após ter recebido uma facada no coração, estará contando seu testemunho e agradecendo a Deus pelo milagre??? Bem, eu acredito em milagres. Talvez todos os cristãos frequentes à tal igreja também acreditem. Mas, vou contar um segredinho a vocês, amigos leitores...eu não ouviria esse depoimento nem MORTA! Pois MORRO de medo de assombrações... Se bem que, se o Pastor, já MORTO, estará lá contando como foi seu milagre, talvez não seja impossível eu ir ouvi-lo depois de MORTA!!! Concordam?
O erro aí foi provavelmente ter tentado dizer que o referido milagre aconteceu com um Pastor que talvez até tenha sido considerado morto, mas respondeu bem aos tratamentos e conseguiu recuperar-se. Caso não seja isso, desculpem-me. Em contrapartida, nós estaremos diante de um dos mais incríveis e mais paradoxais milagres do mundo!!!
E, por falar em milagres, caso vocês sofram de algum gravíssimo problema de inveja, olho gordo e afins, não percam a próxima edição!!! Até lá.
* JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 10/07/2009.

SÓ PRA RIR...

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Só pra rir...*
Olá, pessoal! Vamos rir mais um pouco? Observem as fotos!
O “Mocotó Faive Estar” deve estar se referindo a um Mocotó (palavra originária do tupi-guarani) que seja “Five Stars” (do inglês): “Cinco Estrelas”. O Mocotó pode até ser de qualidade, mas o inglês desse empresário... aff... O comércio “Carreful” pode ter querido, escancaradamente, lembrar uma famosa rede internacional de hipermercados fundada na França: CARREFOUR (lido como carfúr, em francês, significando algo como “encruzilhadas”, no português). Mas, digamos que não houve uma tentativa de plágio. Talvez nosso amigo empresário possa ter querido usar, em vez do conhecidíssimo nome francês, uma expressão inglesa: careful (cuidadoso). Pelo sim, pelo não, ele não usou nem o francês e nem o inglês corretamente! Mas que “Carreful” é uma palavra bonita, ah, isso é! Na churrascaria, o hilário aviso “Serve-serve-se” faz referência a Self service (inglês: serviço próprio), que descreve a prática de serviços que não são prestados por empregados, mas, sim, pelos próprios clientes. Nota-se que a confusão foi da pronúncia parecida de self e service, como se significassem “serve + serve”. Menos, amigo...Menos... Mas, errar todo mundo erra! Ainda mais quando se trata de uma língua estrangeira... Só que o último aviso pegou pesado: confundir “A flôr (com acento circunflexo) de Zíaco” com AFRODISÍACO??? Nosso infeliz amigo quis dizer que o suco natural do Guaraná vendido no estabelecimento é afrodisíaco: nome que deriva da deusa “Afrodite”, relacionado a substâncias às quais se atribuem propriedades estimulantes sexuais. Que imaginação! Fazer o quê, não é mesmo? Até o próximo “mico”!
*JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em Julho/2009.