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domingo, 24 de maio de 2009

O Novo ENEM: uma abordagem crítica

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
O Novo ENEM: uma abordagem crítica*

Olá, pessoal! Trouxe nesta semana para vocês um assunto que tem tirado o sono de muitos estudantes do Brasil. Afinal, o que vai acontecer com o vestibular do Brasil??? O Ministério da Educação (MEC) decidiu transformar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), criado por Paulo Renato em 1998, em uma prova que selecionará alunos para as universidades federais. O ministro da Educação, Fernando Haddad, mostrou a proposta ao Brasil e este processo ainda está em discussão. Porém, 25 universidades federais brasileiras já se manifestaram a favor da mudança. Em Minas, as universidades de Alfenas, Uberlândia, São João Del Rei, dentre outras, já pretendem aderir. Muitos jovens, ao saírem do Ensino Médio, sempre demonstraram medo do vestibular. Este, de acordo com a forma como tem sido feito no Brasil, procura exigir mais do aluno a memorização do conteúdo do que o raciocínio em si. Esse fato, juntamente com a ideia de fazer diversas provas, em diferentes universidades, na esperança de conseguir ser aprovado em alguma delas, levou o MEC a mudar de atitude. Baseando-se no modelo norte-americano SAT (Scholastic Assessment Test), o modelo da nova prova é a busca de um padrão a ser seguido pelas instituições que aderirem ao novo processo (o que, até então, não é uma obrigatoriedade), a fim de que os alunos possam fazer uma só prova e escolher entre vagas de universidades diferentes. O aluno receberá sua nota antes de se inscrever nos concursos das faculdades e poderá, ainda, consultar as médias dos demais candidatos à vaga que ele deseja. Assim, poderá ter uma visão muito realista de suas chances no processo seletivo. Caso perceba não ter chance diante de seus concorrentes em determinada universidade, poderá optar por outra. Serão 200 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas serão aplicadas em dois dias. Entre as áreas abordadas, estão linguagens (50 testes e redação), ciências humanas (50 testes), ciências da natureza (50 testes) e matemática (50 testes), relembrando que se pretende eliminar os intermináveis conteúdos que o aluno é obrigado a memorizar, deixar de lado a famosa “decoreba” e forçar o raciocínio e a interpretação. Muitas críticas estão sendo voltadas para essa novidade. Alguns alegam que o novo processo seletivo irá “pegar” os candidatos de surpresa, pois muitos ainda nem sabem o que será cobrado na nova prova, nem de que forma isso será cobrado. E o tempo é curto, já que muitas instituições pretendem aderir ao novo ENEM neste ano ou em 2010. As escolas de ensino regular podem até começar a preparar seus alunos daqui em diante, mas, o que fazer com os vestibulandos que já terminaram o Ensino Médio? E, principalmente, o que fazer com aqueles que não terão condições financeiras de entrar em um cursinho preparatório para tomar contato com as novas competências que a prova unificada exigirá? Como eles poderão se preparar para isso, se, muito provavelmente, o ensino que eles tiveram na escola não os incentivou ao raciocínio? É uma questão a ser pensada com muita calma... Até a próxima, pessoal! *Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 23/maio/2009, pela colunista Juliana Barreto.

O “fantasma” do lugar-comum- Parte III

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... O “fantasma” do lugar-comum- Parte III* “(...) Encho-te no meu espaço devagarinho,Preenches-me de carinho e amor.Adormeço contigo nos meus sonhos,Acordo com a tua suave voz ao meu ouvido.Sinto-me pequenina perante ti,A princesa das nossas noites,Amar e ser amado etapa primeira.(...)”
Olá, pessoal! Para finalizarmos o estudo sobre os lugares-comuns, usemos esses versos como base. Quando nos deparamos com lindos versos como esses, e, principalmente quando enxergamos nas entrelinhas imagens que nos remetem a outras significações, já sabemos estar diante de um texto literário. A expressão: “A princesa das nossas noites” deixa clara a existência de uma figuração ligada à lua. Esta, muitas vezes, é tida como inspiradora dos poetas e até mesmo é comparada à mulher amada em sua elegância, beleza e por ser inalcançável. Mas, tudo é muito lindo e inspirador na Literatura. Agora, será que essa mesma expressão poderia ser usada em uma redação no lugar da palavra “lua”? Na redação, as imagens também podem aparecer como lugares-comuns. As pessoas, lugares, coisas têm nomes. Criar imagens, apelidos ou definições que os substituam só contribui para a disseminação de uma série de clichês que devem ser evitados nas redações e textos oficiais, devido à sobriedade, objetividade e bom senso que eles devem conter. Seguem alguns exemplos e a versão correta que deve ser utilizada: rei do futebol = Pelé; cidade luz = paris; cidade maravilhosa = Rio; esporte das multidões = futebol; precioso líquido = água; astro-rei = sol; rainha da noite = lua; soldado do fogo = bombeiro; enlace matrimonial = casamento; tapete verde = gramado; profissional do volante = motorista; etc. É importante lembrar que não são apenas as palavras, frases, construções ou duplas que se reproduzem ao infinito nos textos, mas também as ideias. Por isso, desconfiem sempre de ideias e imagens “diferentes” que surjam prontas na cabeça e tentem lembrar se elas não fazem parte de alguma recordação de algo que vocês leram anteriormente. A seguir, vejam mais alguns exemplos de ideias que aparecem com frequência nos textos: * A oposição sonho-pesadelo: Classe média, acaba o sonho e começa o pesadelo/ O sonho de Israel virou pesadelo/ Sonho de carro vira pesadelo em consórcios. Etc. * A novela: Estreia de Rossana vira novela/ Termina a novela do caso Isabela. Etc. * O fantasma: Desemprego traz de volta o fantasma da recessão de 83/ Empresariado teme a volta do fantasma do grevismo. Etc. Obs.: No título desta edição, o clichê “fantasma” foi usado propositalmente. * Negócio da China: Missão traz negócio da China ao Brasil/ Negócio da China chega ao sertão do nordeste. Etc. * Também é cultura: Esporte também é cultura/ Quadrinho também é cultura/ Ilusão também é cultura... Só faltam dizer que clichê também é cultura!!! É isso aí, amigos leitores, evitem ao máximo os famosos e abomináveis clichês! *Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 16/maio/09, pela colunista Juliana Barreto.

sábado, 9 de maio de 2009

O “fantasma” do lugar-comum- Parte II

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... O “fantasma” do lugar-comum- Parte II* Olá, pessoal! Dando continuidade ao assunto da edição anterior, veremos mais alguns casos em que há lugares-comuns e que, nem sempre, as pessoas se dão conta disso ao escreverem em redações, documentos, cartas oficiais, etc. Muitas vezes, as frases, expressões ou imagens estão tão presentes e fixas em nossas mentes que, dificilmente, conseguimos evitá-las. Passamos a usá-las sem pensar, não cuidando do fato de que elas possam estar desgastadas e acabamos usando-as compulsoriamente. Ás vezes, nós usamos um clichê com a ilusão de que fomos nós quem o criou e nem percebemos que ele era apenas uma lembrança guardada de algo lido ou escutado várias vezes anteriores, algo que ficou guardado e preso à mente, e que vem à nossa memória quando menos esperamos. Algumas famosas e abomináveis duplas também fazem parte dos clichês. Existem adjetivos e substantivos que andam sempre aos pares, formando lugares-comuns facilmente evitáveis. Muitas vezes, se apenas trocarmos de lugar as palavras, já conseguiremos evitar um lugar-comum, mas, em outros casos, é preferível trocar o substantivo ou o adjetivo desgastado por um equivalente e sinônimo. Vejam alguns exemplos: água cristalina; agradável surpresa; amarga decepção; calor escaldante; calorosa recepção; carreira meteórica; cartada decisiva; chuvas torrenciais; corpo escultural; crítica construtiva; dama virtuosa; desabalada carreira; doce esperança; doença insidiosa; duras críticas; eminente deputado ou senador; ente querido; escoriações generalizadas; esposa dedicada; ferros retorcidos; filho exemplar; fortuna incalculável; gesto tresloucado; grata satisfação ou surpresa; ilustre estirpe; ilustre professor; ilustre visitante; impiedosa goleada; infausto acontecimento; inflação galopante; inteiro dispor; jogador voluntarioso; laços indissolúveis; lamentável equívoco; lance duvidoso; lauto banquete; manobra audaciosa; mera coincidência; obra faraônica; pai extremoso; pavoroso incêndio ou desastre; perda irreparável; pertinaz doença; poeta inspirado; prestigioso órgão; profundas raízes; profundo silêncio; proibição terminante; rápidas pinceladas; relevantes serviços; rigoroso inquérito; semblante carregado; silêncio sepulcral ou tumular; singela homenagem; sol escaldante; sólidas tradições; sólidos conhecimentos; sonho dourado; subida íngreme; suculenta feijoada; trágica ocorrência; tumulto generalizado; último adeus; vaias estrepitosas; valoroso soldado; violento incêndio ou acidente; viúva inconsolável. Selecionei alguns destes exemplos para fazer uma substituição e evitar o uso de clichês. Vejam como é fácil promover uma troca que não altera no sentido e traz um maior valor á escrita: água cristalina = água límpida; amarga decepção = decepção terrível; fortuna incalculável = riqueza exagerada ou exacerbada; perda irreparável = perda que não se poderá reparar; singela homenagem = homenagem simples, mas sincera; último adeus = uma despedida; viúva inconsolável = viúva triste pela perda sofrida. Etc. Quando necessário, acrescentem ou eliminem palavras. O importante é criar expressões inovadoras e/ ou mais simples, que não tenham sido utilizadas com tanta frequência. Gostaram? Na próxima edição tem mais! Até lá!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora-MG, em 08/05/2009, pela colunista Juliana Barreto, professora de Língua Portuguesa, formada pela UNIMONTES/MG.

O “fantasma” do lugar-comum

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... O “fantasma” do lugar-comum* Olá, pessoal! Nesta semana, vamos começar a combater um verdadeiro fantasma que assombra os vestibulandos: o chamado lugar-comum, sendo utilizado no título desta edição de forma proposital. Vamos aprender, durante algumas edições da coluna PLANTÃO DO VESTIBULANDO, o que é isso, os principais exemplos e como podemos evitar esse erro na escrita de redações ou documentos. Vamos lá? O Lugar-comum (ou chavão ou clichê) é a frase, imagem, construção ou combinação de palavras que se torna desgastada pela repetição excessiva e perde a força original. Deve ser evitado em redações, na edição de jornais e revistas, pois transmite ao leitor uma ideia de texto superado, envelhecido e sem imaginação. Nem sempre, porém, o chavão tem origem remota: há também os casos de clichês recentes, difundidos principalmente pela televisão, rádio ou Internet e adotados pela população. Nas frases e locuções, os chavões mais frequentes estão entre aquelas combinações invariáveis de palavras (sempre as mesmas e sempre na mesma ordem), o que também compromete o texto. Neste caso, ainda se enquadram as “frases feitas” que, apesar de terem origem na linguagem popular, também caem em uso exagerado, tornando-se desgastadas e causando o mesmo efeito do lugar-comum. Exemplos: abertura de contagem; abrir com chave de ouro; acertar os ponteiros; a duras penas; agradar a gregos e troianos; alto e bom som; apertar os cintos; a sete chaves; atingir em cheio; a toque de caixa; baixar a guarda; bater em retirada; bola da vez; cair com uma bomba; cair como uma luva; cantar vitória; cavalo de batalha; chegar a um denominador comum; chover no molhado; chumbo grosso; colocar um ponto final; com a rapidez de um raio; conjugar esforços; contabilizar as perdas; correr por fora; cortina de fumaça; dar com os burros n’água; dar o último adeus; deixar a desejar; de mão beijada; de vento em popa; discorrer sobre o tema; dispensa apresentações; divisor de águas; do Oiapoque ao Chuí; em ponto de bala; em sã consciência; encerrar com chave ou com fecho de ouro; ensaiar os primeiros passos; esgoto a céu aberto; estourar ou explodir como uma bomba; faca de dois gumes; fazer das tripas coração; fechar as cortinas; fez o que pôde; ficar à deriva; fugir da raia; hora da verdade; inserido no contexto; jogar a pá de cal; jogar as últimas esperanças; jogo de vida ou morte; lenda viva; leque de opções ou de alternativas; lugar ao sol; mão de ferro; morrer de amores; morto prematuramente; nau sem rumo; página virada; parece que foi ontem; passar em brancas nuvens (ou em branco); perder o bonde da história; perdidamente apaixonado; pôr a casa em ordem; pôr a mão na massa; pôr as barbas de molho; pôr as cartas na mesa; preencher uma lacuna; prendas domésticas; procurar chifre em cabeça de cavalo; propriamente dito; requintes de crueldade; respirar aliviado; reta final; tábua de salvação; tecer comentários; tirar o cavalo da chuva; trazer à tona; treinar forte; trocar farpas; via de regra; vias de fato; vida de cachorro; voltar à estaca zero. Aposto que vocês costumam falar e escrever expressões como essas, não é? Agora basta saber substituí-las por sinônimos. Nas próximas edições, trarei para vocês mais alguns variados exemplos e como evitá-los. Até lá!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora/MG, em 01/05/09, pela colunista Juliana Barreto, professora de Língua Portuguesa, formada pela -UNIMONTES/MG.

Aposto e Vocativo

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Aposto e Vocativo*
Olá, pessoal! Seguindo o mesmo tema “Gramática” da edição anterior, trago para vocês, nesta semana, outro assunto de grande interesse para aqueles que pretendem prestar concursos ou vestibulares: o aposto e o vocativo. Apesar de não serem “parentes”, esses dois termos sempre aparecem juntos nas explicações dos livros didáticos e, devido a isso, algumas vezes são confundidos entre si. No site do Brasil Escola vocês irão encontrar explicações bastante didáticas sobre estes e outros assuntos. Vamos desfazer as dúvidas? Primeiramente, vejamos o que é APOSTO. Observem a frase a seguir: Carlos, português casado com minha irmã, é um ótimo engenheiro. Vejam que o trecho “português casado com minha irmã” está explicando quem é o sujeito da oração “Carlos”. Esse trecho é o aposto da oração. Nesta próxima frase: Foram eles, os meninos da rua, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Mais uma vez, temos um trecho (aposto) “os meninos da rua” explicando um termo anterior. É como se fizéssemos a seguinte pergunta: Foram eles... Eles quem? Os meninos. E, com esta resposta, conseguimos entender melhor sobre o contexto da frase. Podemos concluir que “o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.” Assim, dependendo da finalidade do aposto, ele receberá um nome específico: • Aposto Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. • Aposto Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado Minas Gerais. • Aposto Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua. • Aposto Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. Já o VOCATIVO: “é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.” Observem as orações: Amigos, vamos ao cinema hoje? Crianças, nada de bagunça no refeitório! João, traga isso para mim! Os termos “amigos”, “crianças” e “João” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta. Houve a utilização de um substantivo na primeira e na terceira frases e de um adjetivo na segunda. Espero que tenha ajudado vocês! Até a próxima!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora/MG, em abril/2009, pela colunista Juliana Barreto.

O Uso da Crase

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... O Uso da Crase* Olá, pessoal! Trago para vocês algumas dicas de como usar o acento grave, indicador da crase, esse sinal que se posiciona ao contrário do acento agudo. Vamos lá? Conceito básico: * A crase indica a fusão da preposição A com o artigo A. Exemplo: João voltou à (A preposição + A artigo) cidade natal. * Desta forma, não existe crase antes de palavra masculina. Exemplos: Vou a pé. Andou a cavalo. Obs.: O A que vocês veem nas frases é apenas a preposição exigida pelo verbo. * Apesar de haver exceção, seguindo estas regras vocês terão mais probabilidade de acerto nas provas. Regras práticas: 1ª) Substitua a palavra antes da qual aparece o A ou AS por um termo masculino. Se o A ou As se transformar em AO ou AOS, existe crase; do contrário, não. Substituindo a frase: João voltou à cidade natal por João voltou ao país natal, percebemos que o à se transformou em ao, uma vez que a palavra feminina cidade foi transformada na palavra masculina país. Assim, a preposição permanece (a), mas passa a se unir com o artigo masculino (o). Então: A preposição + A artigo = CRASE; A preposição + O artigo = AO.
2ª) No caso de nomes geográficos, as dicas são: substitua o A ou AS por PARA. Se o certo for PARA A, haverá crase. Exemplos: Foi à França. = Foi para a França. Irá à Colômbia = Irá para a Colômbia. Voltou a Curitiba = Voltou para Curitiba. (sem crase) Ainda a respeito dos nomes geográficos, pode-se usar a forma VOLTAR DE: se o DE se transformar em DA, haverá crase: Retornou à Argentina = Voltou da Argentina. Foi a Roma = Voltou de Roma (sem crase)
3ª) Usa-se também a crase nas formas: àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo (e derivados). Exemplos: Cheguei àquele (a + aquele) lugar.
4ª) Usa-se crase nas indicações de horas. Ex.: Chegou às 8 horas, às 10 horas.
5ª) Em algumas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas também há crase: às pressas; à risca; à noite; à direita; à esquerda; à frente; à maneira de; à moda de; à procura de; à mercê de; à custa de; à medida que; à espera de; etc.
6ª) Usa-se crase nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição linguística o exija, como: à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à toa, à tinta, à mão, à espada, etc. É importante lembrar que, para esta regra, não vale usar a dica de substituição de A por AO. Para quem deseja aperfeiçoar a técnica, pode procurar manuais de gramática ou na Internet! É isso aí, pessoal! Espero que tenham aprendido um pouco mais! Até a próxima!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora/MG, em abril/2009, pela colunista Juliana Barreto.

O USO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... O USO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS* Olá, pessoal! Saudações! Trago para vocês, nesta semana, dicas de gramática abordando este tema que causa tanta confusão: o uso de iniciais maiúsculas ou minúsculas. Apesar de muitas regras serem básicas e fáceis, como a famosa “após ponto final, use letra maiúscula”, outras dependem do contexto, do uso, enfim, são mais complexas. Vamos lá? A. Casos em que sempre é usada letra minúscula no início das palavras: Nos nomes dos dias, meses e estações do ano: quarta-feira, abril, primavera; Nos usos de fulano, cicrano e beltrano; Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): leste, oeste, norte (N), sul (S); Nas formas corteses e de títulos honoríficos: senhor, vossa senhoria, alteza, etc. B. Casos em que sempre aparecerão iniciais maiúsculas: Nos nomes de pessoas, reais ou fictícios, e nos seres mitológicos: João, Maria, Pica-Pau, Narizinho, Apolo, Zeus, etc; Nos nomes próprios de lugares, reais ou fictícios: Pirapora, Minas Gerais, Brasil; Nos nomes que designam instituições: Igreja Batista, Asilo São Vicente, etc; Nos nomes de festas e festividades: Páscoa, Natal, etc. Obs: No caso, o substantivo carnaval é escrito com letra minúscula; Nos títulos de publicações, jornais e revistas: A Semana, Veja, Época; Nos pontos cardeais ou equivalentes: N, S, L (E), O (W); Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionais: MG, IBGE, IPVA. C. Usa-se maiúscula ou minúscula, facultativamente: Nos títulos de obras literárias. O primeiro elemento deve ser escrito com letra maiúscula, mas os demais itens ficam à escolha: Menino de engenho (ou Menino de Engenho), A bagaceira (ou A Bagaceira), Memórias póstumas de Brás Cubas (Memórias Póstumas de Brás Cubas), etc. É preciso tomar cuidado para o fato de haver nomes realmente próprios no interior do título da obra, neste caso, haverá letra maiúscula. É o caso do último livro citado. Brás Cubas deverá sempre vir em maiúsculo, por se tratar do nome de um personagem, mesmo que seja fictício. Nas expressões de reverência, nas palavras sagradas e de referência a religiosidades: Deus, Bíblia (bíblia), Santo Antônio, Pai Nosso, anjo, santo, etc; Nos nomes que designam áreas de saber, cursos e disciplinas: Matemática (ou matemática), Ciências (ciências), Português (português), Direito (direito), etc; Em início de versos e em nomes de logradouros públicos, de templos e de edifícios. É importante salientar que, nos textos literários, pode-se ter alguma mudança de regra. Afinal, a literatura é livre e o autor pode usar das palavras como quiser, inventando, alterando regras, transgredindo-as, etc. É isso aí. Até a próxima!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora-MG, em abril/2009, pela colunista Juliana Barreto.

Isso só acontece na Língua Portuguesa!!!

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Isso só acontece na Língua Portuguesa!!!* Olá, pessoal! Atendendo a pedidos, trago, nesta semana, mais um texto que está “bombando” na Internet. Este, mais antigo e de conhecimento de muitos “internautas”, é um dos prediletos da moçada. Aproveitem e riam bastante! Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Por profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo… Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. - Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. - Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? - Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando… permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar… Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei. Obs: E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: ‘O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma’? Essa foi boa... Até a próxima!
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora/MG, em abril/2009, pela colunista Juliana Barreto.

Carta do Cacique Seatle

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Carta do Cacique Seatle*
Olá, pessoal! Gostaria de agradecer pelo carinho dos meus leitores que, por mensagem ou e-mail, parabenizaram a minha iniciativa de expor aqui os resumos das novas regras ortográficas. Saibam, amigos, que é exatamente esta a minha intenção: trazer para vocês notícias novas, polêmicas e que possam ajudá-los ainda mais a amar nossa Língua. Atendendo a pedidos, trago nesta semana um resumo da carta do Cacique Seatle, da tribo Duwamish, ao presidente dos EUA no ano de 1855, depois de o governo ter dado a entender que pretendia comprar o território de sua tribo. Trata-se de uma lição de amor à natureza e à vida. Em tempos do tão falado “aquecimento global”, façamos uma reflexão!!! “Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é-nos estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podes então comprá-los de nós? Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias arenosas, cada véu de neblina nas florestas escuras e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de exauri-la, ele vai embora. Nada respeita. Sua ganância empobrecerá a terra e vai deixar atrás de si os desertos. O ar é precioso para o homem vermelho. Porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar - animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao seu cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre si. De uma coisa sabemos que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: - O nosso Deus é o mesmo Deus! - Julgas, talvez, que o podes possuir da mesma maneira como desejas possuir a nossa terra. Mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira. E causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo seu Criador. O homem branco continua poluindo tua própria cama, e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus próprios dejetos! Depois de abatido o último bisonte e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente - onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará o adeus à andorinha da torre e à caça, o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.”
(Adaptado da internet)
*Matéria publicada pelo Jornal A Semana de Pirapora-MG, em maio/2009, pela colunista Juliana Barreto.

Jornal A Semana, em Pirapora/MG

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???- Parte Final* Olá, pessoal! Mais uma semana de muitos estudos e uma aprendizagem imprescindível sobre a nossa Língua Portuguesa, não é mesmo? Gostaria de relembrá-los que muitas discussões ainda estão acontecendo a fim de formar a opinião dos falantes sobre o assunto. Muitos críticos afirmam não enxergar ponto positivo algum no acordo ortográfico, outros percebem um avanço que passa a ocorrer na língua. O escritor lusitano Graça Moura, por exemplo, segundo informações do site da UOL, mantém-se totalmente contrário às mudanças, algo que também acontece no Brasil com o Professor Pasquale Cipro Neto. Bem, vocês também têm o direito de ter uma opinião a respeito. Obviamente, as universidades já começam a falar sobre o tema e passam a exigir dos alunos não as regras em si, mas uma opinião, seja positiva ou negativa, sobre as novas regras. Por falar em universidade, a nossa UNIMONTES abrirá as inscrições para o vestibular 2/2009 a partir do próximo dia 23. Fiquem atentos às datas, obras literárias, documentos necessários, etc, a fim de não perderem nenhuma informação. Caso seja necessário, visitem o site: www.cotec.unimontes.br para maiores informações sobre o processo seletivo e leitura do edital, já disponível. Vamos às últimas regrinhas? 1. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 2. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 3. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol; madressilva; mandachuva; paraquedas; paraquedista; pontapé; etc. 4. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplo: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. É isso aí, pessoal. Finalizam-se aqui as novas regras, uma vez que elas foram exploradas semanalmente de forma breve. Mas, para aqueles que necessitam aprender um pouco mais, já estão disponíveis na Internet e em bancas de jornais guias práticos com a mudança ortográfica. Deliciem-se com nossa Língua Portuguesa! Até os próximos temas!
*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora/MG, pela colunista Juliana Barreto, na data de abril/2009.

Jornal A Semana, de Pirapora-MG

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???- Parte IV* Olá, pessoal! Para aqueles que estão acompanhando as dicas semanais sobre as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa, segue nesta matéria mais um capítulo! As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. Vamos lá? Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Ex: anti-higiênico; anti-histórico; macro-história; mini-hotel; proto-história. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial; agroindustrial; anteontem; antiaéreo; antieducativo; autoaprendizagem; autoescola. Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante, etc. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto; antipedagógico. Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Ex: vice-rei, vice-almirante, etc. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: antirrábico; antirracismo; antirreligioso; antirrugas; antissocial. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico; anti-imperialista; anti-inflacionário; anti--inflamatório; auto-observação; contra-almirante; contra-atacar. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Ex: hiper-requintado; inter-racial; inter-regional; sub-bibliotecário; super-racista. Com sub, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez; hiperativo; interescolar; interestadual. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar; além-túmulo; aquém-mar; ex-aluno; ex-diretor. É isso aí, pessoal! Até a próxima!!!
*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, pela colunista Juliana Barreto.

Jornal A Semana, Pirapora - MG

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???- Parte III* Olá, pessoal! Estou aqui novamente, após uma semana de folga, muito sol, alegria e curtição com o Carnaval de Pirapora/ 2009. Dizem que a vida do brasileiro só começa após o Carnaval. Bem, de qualquer forma, daremos continuidade ao assunto tratado na semana anterior, trazendo um pouco mais de informações a vocês sobre as mudanças geradas pelo acordo ortográfico. Vocês verão que o título desta matéria fará mais sentido após estudarmos uma das regras. Afinal, alguém havia percebido que IDEIA está sem acento??? O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram oficialmente introduzidas as letras k, w e y. Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Agüentar se torna aguentar; Bilíngüe se torna bilíngue; Cinqüenta se torna cinquenta; e por aí vai. Observação: não aconteceu mudança alguma na pronúncia destas palavras, ok? Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Ex.: alcalóide vira alcaloide; alcatéia vira alcateia; andróide vira androide; apóia (verbo apoiar) se torna apoia; apóio (verbo apoiar) vira apoio (com O aberto, pois a pronúncia continua a mesma); asteróide se torna asteroide; bóia vira boia; celulóide, celuloide; clarabóia, claraboia; colméia é agora colmeia. É devido a essa regrinha que Idéia se torna ideia, sem acento! Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Assim, as palavras Bicaiuva e Feiura, por exemplo, não possuem mais acento agudo. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Abençoo, creem, doo, enjoo, leem, magoo, perdoo, voo... Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/ para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/ polo (s) e pêra/ pera. O acento diferencial é aquele que era utilizado para que os falantes pudessem distinguir palavras com mesma grafia, porém, há muito tempo em desuso, some definitivamente com este acordo ortográfico. Mas, há exceção!!! Permanece o acento diferencial em pôde/ pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Espero que estejam gostando! Na próxima tem mais!!! Até lá!

*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora/MG, pela colunista Juliana Barreto.

Jornal A Semana - Pirapora/MG

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???- Parte II* Olá, pessoal! Estou aqui a fim de dar prosseguimento ao nosso estudo sobre as regras ortográficas em vigor no Brasil desde Janeiro deste ano, através da lei assinada em Setembro de 2008. Para quem pensa que isso é coisa resolvida “de uma hora pra outra”, saibam que o acordo está em discussão há muito mais tempo do que se pensa! Está em vigor em alguns países de língua portuguesa desde 1990. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional que tem por objetivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, ao fim de uma negociação entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Depois de obter a sua independência, o Timor Leste aderiu ao Acordo em 2004. O Acordo Ortográfico de 1990 pretende instituir uma ortografia oficial única da língua portuguesa e com isso aumentar o seu prestígio internacional, dando fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa. A adoção da nova ortografia irá acarretar alterações em cerca de 0,5% na grafia brasileira. Segundo os promotores do Acordo, nos países lusófonos que não o Brasil, as mudanças afetarão cerca de 1,6% do vocabulário total, não tendo sido quantificada a frequência das palavras cuja grafia é alterada, as quais são bastante frequentes. As alterações mais significativas nos demais países consistem na eliminação sistemática das consoantes c e p em palavras em que estas letras sejam invariavelmente não-articuladas nas variantes cultas da língua, como óptimo e correcto, passando a escrever-se ótimo e correto, respectivamente. Elimina-se também o hífen nas formas verbais hão-de e há-de. Observem: acção vira ação. Acto vira ato. Egipto vira Egito. Afecto vira afeto. Adoptar vira adotar. Percebam como essas mudanças fazem com que a escrita dessas palavras fiquem idênticas à nossa forma de escrevê-las. Parte dos críticos acredita que a proposta, em sua encarnação atual, é insuficiente para atingir seus propósitos, uma vez que muitas palavras continuarão apresentando possíveis variantes ortográficas. O professor de português Pasquale Cipro Neto afirma que "é uma reforma meia-sola, que não unifica a escrita de fato". E vocês, o que pensam a respeito? È de suma importância ter uma opinião, contrária ou favorável, a respeito desse tema. Afinal, somos nós, falantes de língua portuguesa, a válvula que move insistentemente a estrutura desta língua a cada ano que passa. Na próxima semana, trarei para vocês as primeiras mudanças ocorridas no Brasil! Até lá!
*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, pela colunista Juliana Barreto.

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PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???* Olá, pessoal! Estou de volta às tarefas semanais nesta coluna, após muita saudade de todos vocês, leitores e amigos. Desde já, agradeço os e-mails recebidos e o carinho de amigos, em especial o amigo de Diamantina, Virgolino, pelos presentes e pela atenção dedicada à minha matéria no A SEMANA. Desejo a todos vocês, caríssimos, um 2009 cheio de plenas satisfações em todos os setores da vida! Pois, bem. O título da matéria desta semana, a primeira de 2009 e de muitas outras que virão, faz referência ao acordo ortográfico assinado em setembro de 2008, que está mexendo com a cabeça de muitos estudantes por aí. Trata-se das novas regras ortográficas, as quais já mencionei em matéria do ano passado, porém, são agora uma realidade da qual não podemos fugir. Uns são contra, muitos são a favor. As editoras trabalham cansativamente para refazer livros e mais livros e adequá-los às novas regras. Mas, e os vestibulares? Como ficam? Temos até o ano de 2012 para nos acostumarmos com as novas regrinhas, o que quer dizer que não é possível que sejam cobradas em vestibulares antes dessa data. Mas, conforme as especulações nas universidades da região, é possível que seja cobrada pelo menos a informação, ou seja, será cobrado do aluno estar “por dentro” de que algo está mudando na nossa forma de escrever. É preciso, então, saber de que se trata tal mudança. Portanto, amigos, a partir desta edição do PLANTÃO DO VESTIBULANDO, vocês poderão ver aqui, semanalmente, quais as novas regras, o motivo das mudanças, a quais países se aplicam, enfim, um pouco de informação a cada semana! Assim, todos vocês, amantes da Língua Portuguesa, estarão preparados para enfrentar as novidades. Deixo para vocês, o texto que está “rolando” pela Internet e faz uma gostosa crítica sobre o acordo ortográfico. Até a próxima, pessoal! “2009 é o Ano da Reforma Ortográfica. Em casos como AUTOESTIMA o hífen cai. A nossa é que não pode cair. KKKKKKKKKK. O trema sumiu em todas as palavras, como em INCONSEQUÊNCIA, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE. Mas nem tudo vai mudar. ABRAÇO continua igual. E quanto mais apertado, melhor. AMIZADE ainda é com “Z", como VIZINHO, FUTEBOLZINHO, BARZINHO. Expressões como "EU TE AMO", continuam precisando de ponto. Se for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "X", como ABACAXI, que gostando ou não, a gente ainda vai ter alguns para descascar. SOLITÁRIO ainda tem acento, como SOLIDÁRIO, que muda só uma letra, mas faz uma enorme diferença. E a VIDA, bom, essa muda o tempo todo, e é por isso que emociona tanto!!!”
*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, pela colunista Juliana Barreto.

quinta-feira, 7 de maio de 2009