ANÁLISE
SEMÂNTICA/GRAMATICAL EM DUAS QUESTÕES DA PROVA UNIMONTES 1/2013
Olá,
pessoal! Atendendo a pedidos de alunos, estou comentando, nesta semana, duas
questões que estavam presentes na prova da UNIMONTES no último domingo. Desta
forma, é possível ter uma ideia de como são elaboradas as questões de cunho
gramatical na tendência que conhecemos como “gramática intertextualizada”.
Apesar de eu não ter copiado aqui o texto-base da prova, vocês perceberão que é
possível resolver essas duas questões baseando-se somente no que consta nelas.
O truque é prestar atenção nos fragmentos do texto que as alternativas
apresentam.
QUESTÃO 10
Quanto
à semântica de alguns verbos utilizados no texto, eles se apresentam em sentido
figurado em todas as passagens do texto, EXCETO:
A)
“... as ações que mexem no bolso...”
B)
“Almas generosas e bem-intencionadas pregam
a defesa do meio ambiente”.
C)
“Para o prefeito, é mais conveniente empurrar
com a barriga.”
Resposta: B
Comentários: Observem
que aprecem nas alternativas algumas expressões que já se tem costume de usar
no cotidiano com sentido figurado: mexer no bolso = ficar caro; empurrar com a
barriga = acomodar-se em uma situação ruim e ir deixando-a seguir sem nada
fazer; não colar = não convencer, ou não dar certo. Apenas na letra B, temos um
sentido real na expressão, ou seja, denotativo.
QUESTÃO 12
Assinale
a alternativa em que o valor semântico da conjunção foi identificado
incorretamente.
A)
“Apelos para que se use menos água têm pouco impacto...” Finalidade.
B)
”... como não se pode impedir o ato, retiram-se as motivações.” Comparação.
C)
“Mas colou, porque foi precedida de um movimento popular...” Explicação.
D)
“E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las.”
Condicionalidade.
Resposta: B
Comentários: Algumas
das conjunções mais utilizadas com sentido de finalidade são: “para que” e “a fim
de que”. “Como” costuma ser uma conjunção usada para comparações, mas não é o
caso da letra B: “como” possui uma ideia de causa – Retiram-se as motivações já
que não se pode impedir.../ uma vez que não se pode impedir... etc. O “porque”
(assim, escrito junto e sem acento) é uma conjunção tanto adverbial causal
quanto coordenada sindética explicativa. No caso da frase da alternativa C,
trata-se mesmo de uma explicação; relembrando que as orações são independentes
e, por isso, coordenadas. A conjunção condicional “Se” é famosa, e, claramente,
vê-se o sentido que ela proporciona à frase.
Observem que,
apesar de se tratar de orações subordinadas adverbiais nas letras A, B e D, não
era necessário o conhecimento gramatical desse tipo de oração, e, sim, o seu entendimento,
a sua interpretação. A mesma coisa acontece com a oração coordenada da letra C.
Enfim, isso é utilizar a gramática não de forma tradicional, mas ligada ao
texto e à semântica.
É
isso aí, pessoal. Despeço-me de vocês para as minhas merecidas férias,
retornando em fevereiro de 2013... A todos vocês, amigos leitores, Boas Festas
e muito Sucesso no ano que se aproxima. Até lá!!!
*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil
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