MELHOR MANEIRA DE DIFERENCIAR ADJUNTO ADNOMINAL X
COMPLEMENTO NOMINAL
MELHOR MANEIRA DE
DIFERENCIAR ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL
|
|
Adjunto Adnominal
|
Complemento Nominal
|
1.
Liga-se a substantivo concreto ou substantivo
abstrato
|
1.
Liga-se a substantivo abstrato, adjetivo ou
advérbio
|
2.
Havendo ideia de agente-paciente, será o
agente
|
2.
Havendo ideia de agente-paciente, será o
paciente
|
3.
Ideia de posse
|
3.
Não possui ideia de posse
|
- Use o item 1 para diferenciar;
se já conseguir chegar até a resposta, não será necessário passar para nenhum
outro nível.
- Caso a diferenciação não seja
possível no primeiro nível, é necessário partir para o item 2. Somente passar
para o 3 se não resolver a diferença no segundo nível.
- Caso não tenha sido possível
diferenciar nos itens 1 e 2, o terceiro será infalível.
Exemplo 1:
Os livros da minha avó são
raros. = livros: substantivo concreto. (Avó não é o nome dos livros, portanto,
não se trata de aposto especificador). Somente AA (adjunto adnominal) se liga a
substantivo concreto, portanto, “da minha avó” é AA e não há necessidade de
passar para o item 2.
Exemplo 2:
Agiram favoravelmente ao povo.
= favoravelmente: advérbio. Somente CN (complemento nominal) se liga a
advérbio, portanto “ao povo” é CN e não há necessidade de passar para o item 2.
Exemplo 3:
Henrique tem amizade por
Sandra. = amizade: substantivo abstrato. Tanto AA quanto CN podem ligar-se
a substantivo abstrato. Portanto, será necessário passar para o item 2: ao
verificar se existe ou não uma relação de agente-paciente entre “amizade” e “de
Sandra”, veremos que há, sim, essa relação; e Sandra é o alvo da amizade, ou
seja, é o paciente; portanto, CN; e não há necessidade de passar para o item 3.
Exemplo 4:
A loucura de João só transparecia aos
íntimos. loucura: substantivo abstrato. Tanto AA quanto CN podem ligar-se a
substantivo abstrato. Portanto, será necessário passar para o item 2: ao
verificar se existe ou não uma relação de agente-paciente entre “loucura” e “de
João”, veremos que não, sendo, assim, necessário passar para o item 3 e
verificar se existe ou não uma deia de posse que permeie os dois itens. Como há
ideia de posse (a loucura pertence a João), “de João” é AA.
Atenção!
Vejam o perigo de tomar decisões
precipitadas e pular a ordem dos itens do quadro. Na frase abaixo, é provável
que se pense: “dos problemas” é AA, pois existe uma relação de posse: a solução
pertence aos problemas.
A solução dos problemas apareceu
rapidamente.
Entretanto, trata-se de um CN,
vejam o porquê:
Solução: substantivo abstrato.
Tanto AA quanto CN podem ligar-se a substantivo abstrato. Portanto, será
necessário passar para o item 2: ao verificar se existe ou não uma relação de
agente-paciente entre “solução” e “dos problemas”, vemos que há, sim, e que “dos
problemas” é alvo (são solucionados). Dessa forma, é CN.
Obs.: Se o termo em questão não
for preposicionado e estiver ligado a um nome, jamais será CN, podendo ser, por
exemplo, adjunto adnominal ou predicativo.
Esse conteúdo é exclusivo. Ao reproduzir, dê crédito à
autora do texto.
*Prof.ª Mestra em Literatura Brasileira pela UNIMONTES Juliana Barreto juportugale@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada!