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segunda-feira, 27 de julho de 2009

ELES GOSTAM DAS COISAS MUITO BEM EXPLICADINHAS...

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
“Eles gostam das coisas muito bem explicadinhas...”
Olá, pessoal! O final da frase acima vocês já conhecem e já devem imaginar o que vem por aí...Nas edições anteriores, apresentei críticas a nomes de estabelecimentos ou a faixas que continham erros de lógica, de ortografia (da Língua Portuguesa ou de estrangeirismos) e, desta vez, irei trabalhar com a tentativa de explicar demais o que se pretende dizer. Vamos lá?
Na imagem do banheiro, o dono do estabelecimento foi bastante detalhista. Quis tomar o cuidado de ser enfático para que seus clientes não confundissem nenhuma informação. Primeiramente, além dos famosos “bonequinhos” indicativos de “homens” e “mulheres”, o nosso nobre comerciante ainda fez questão de especificar: o bonequinho de calças indica “ELE”, e a bonequinha de saia indica “ELA”. Como se não bastasse, a outra famosíssima inscrição WC está no centro do aviso, ao lado de duas setas indicativas de que um banheiro é para “homens” e o do lado oposto, para “mulheres”. Inclusive, a expressão WC é inglesa e, voltando no tempo... “Os urinóis foram sucedidos por instalações higiênicas dotadas de um buraco ligado a um encanamento que levava os dejetos diretamente à fossa, com consequências catastróficas para os narizes próximos. Em 1875, James T. Henry e William Campbell tiveram a ideia de colocar um sifão na saída do vaso sanitário de maneira que se (...) impediu a passagem do mau cheiro vindo da fossa. A invenção fez tanto sucesso que os donos dos banheiros que dispunham desse recurso alardeavam o fato colocando em letras garrafais nas suas portas a sigla WC, que significa ‘Water closet’ - ou selado a água” (fonte: veja.abril.com.br). Será se nosso amigo comerciante sabia disso?
Bem, isso não importa. Vamos analisar os devidos preços e serviços oferecidos pelo estabelecimento. “DEFECA” significa “Defecar”: expulsar naturalmente os excrementos, o que, para o dono do local, é um “serviço” mais caro. O verbo só foi utilizado incorretamente pela falta da letra R indicativa de infinitivo, como: AMAR, FAZER, PARTIR. Quanto ao “serviço” mais barato (50 centavos), trata-se de “Mijar” (relembrando que os verbos no infinitivo terminam em R), significando: urinar. Esta ficou ainda menos adequada por ter sido escrita numa linguagem bem popular, praticamente vulgar.
Todavia, assim como os comerciantes, algumas pessoas também se preocupam em esbanjar detalhes, a fim de que o recado seja muito bem dado e, portanto, muito bem entendido, como pode ser percebido na figura da garagem. Provavelmente, por ter-se irritado com alguns motoristas que podem ter estacionado em frente à garagem da casa em destaque, o dono desta teve a iniciativa de ser prolongado, enfático e também lúdico: escreveu a palavra GARAGEM em um portão no qual já se nota claramente tratar-se de: um “abrigo onde se guardam e conservam automóveis, ônibus, etc”. Não satisfeito, perguntou: “Você sabe ler?”, o que, obviamente, é inútil, já que o escrito não seria lido por quem não sabe ler (!!!). E finalizou com “chave de ouro” – (desculpem-me o clichê) dividindo a palavra em sílabas. Depois dessa, se alguém estacionou ali em frente foi, no mínimo, de propósito e por provocação!!!
È isso aí. Até a próxima!
JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em JULHO/2009.

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