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sábado, 15 de agosto de 2009

Estes nomes atraem clientes???

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Estes nomes atraem clientes???

Olá, pessoal! Vamos verificar alguns nomes que, sabe-se lá por qual motivo, foram escolhidos para intitularem estabelecimentos comerciais. Preparem-se para navegar em um mundo de muita criatividade e pouquíssima coerência!!! Vamos lá? Observem!

Observem que, por uma razão qualquer, o nome da lanchonete é Tiakenores, o que, convenhamos, deve ser alguma mistura de sobrenomes ou nomes dos donos do estabelecimento ou, pelo menos, uma tentativa de cópia (muito mal feita, por sinal) de algum “nome estrangeiro bonito” que eles devem ter visto por aí. Mas, bem, isso não vem ao caso. Perceberam que eu usei a palavra lanchonete, ao passo que o estabelecimento usou Lancheria. A Wikipedia diz que: “Lanchonete é um estabelecimento comercial popular especializado em pequenas refeições, lanches”. Mas que, no sul do Brasil (com algumas exceções), é comum as pessoas dizerem “lancheria”. O curioso aí é verificar que a palavra lancheria deve estar querendo dizer: um estabelecimento onde se vendem lanches. E, seguindo por esta lógica, a terminação –ERIA deveria ser, portanto, um sufixo, formador de outras palavras com a mesma terminação e com o mesmo sentido. Mas, -ERIA não é sufixo, é uma terminação qualquer. Então, em LANCHERIA, o uso da terminação foi inadequado e a palavra é gramaticalmente incorreta. Já –ARIA, sim, é um sufixo formador de significado: pode indicar estabelecimento, coleção, abundância, etc. Notam-se: papel – papelaria; livro – livraria; dentre outros. E, para piorar, o estabelecimento vende algo como “Xis Cachorro”, que deve ser uma “mistureba” de X-burguer com cachorro-quente... Conseguem imaginar???

O nome ANA LANCHES, que deveria estar escrito desta forma, bem separado (!!!), causou uma ambiguidade, formando ANAL. Trata-se de títulos (“ANAL” e “MEU CACETE”) que, praticamente dispensam, por si sós, qualquer explanação. Uma vez que se torna claro o uso de termos vulgares e nada adequados para um estabelecimento cujo objetivo maior deveria ser atrair e, não, repelir clientes...

Para finalizar, observemos o “FRETE RÁPIDO”... Deve ser, no mínimo, uma grande brincadeira de mau gosto com os pobres cidadãos dessa cidade!!! Até a próxima!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 07/08/2009.

Um comentário:

  1. Vemos cada coisa por ai não? rss... Gostei muito desta matéria.

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