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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A linguagem da Internet por uma visão universitária

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

A linguagem da Internet por uma visão universitária

Olá, pessoal! Objetivando esclarecer um pouco mais sobre a linguagem utilizada na comunicação via Internet, decidi trazer para vocês a visão da professora Maria Teresa de Assunção Freitas, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a respeito dessa inovação que tanto faz moda entre os jovens de hoje. Acompanhem algumas respostas dadas por ela à Veja, em Março de 2009 (adaptado).

1. Por que as pessoas abreviam a linguagem na web? São dois os principais motivos da abreviação de palavras: a facilidade de se escrever de modo simplificado e a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a economia (mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais) e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral.

2. Onde e por quem essa linguagem abreviada é mais usada? Os principais autores da escrita simplificada são os jovens. “Mas essa linguagem teve início nos chats”, afirma a professora. Nos e-mails, a escrita abreviada tem menos lugar porque se trata de um meio de comunicação assíncrono, ou seja, a informação é enviada em intervalos irregulares: uma pessoa envia uma mensagem para outra, mas não sabe quando terá uma resposta.

3. Por que essa linguagem tem mais adeptos entre os adolescentes? Têm grande facilidade de se adaptar aos símbolos de um novo código, pelas características da própria idade.

4. Isso já acontecia antes em outros meios? Sim, mas de modo diferente. O telegrama é um meio de comunicação que faz uso da linguagem abreviada, mas segue um código mais atento às regras ortográficas cultas.

5. A escrita abreviada e simplificada prejudica a compreensão? Quando duas pessoas dominam o mesmo código, não costuma haver dificuldade na troca de mensagens.

6. Há padrões de escrita para internet e celular? A linguagem abreviada, especialmente a da web, segue os padrões da oralidade. Ela substitui uma conversa ou um bate-papo. Para andar mais rápido, se escrevem oxítonas com acento agudo sem acento e com ‘h’ no final, como ‘cafeh’, e se firmam acordos tácitos para uso de determinadas palavras, como ‘vc’ em vez de ‘você’ ou ‘tc’ em vez de ‘teclar’. Outros elementos que fazem parte desse sistema são as representações de emoção, geradas para compensar a ausência física do interlocutor.

7. Essa escrita vicia? Muitos adolescentes ouvidos por Maria Teresa demonstraram saber separar as coisas. “Eles sabem que na escola não podem escrever da mesma forma que na internet”, diz ela.

8. Essa linguagem pode modificar a língua que falamos? É possível. Já começamos a incorporar, no português do Brasil, os termos da informática e da internet, como "deletar", "caps lock". “A língua é uma coisa viva, porque falada. A língua é dinâmica, se transforma sempre”, diz Maria Teresa.

É isso, pessoal. Na próxima semana aprenderemos regras para uma boa Redação. Não percam!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 26/02/2010.

Um comentário:

  1. Deviam ter citado que essa forma abreviada de escrever é de certa forma influênciada como moda também, por isso que se difundiu.
    É uma característica de um adoslescente, assim para alguns como ouvir de RBD ou de "obrigatóriedade" em possuir um celular.

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