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sábado, 31 de julho de 2010

Qual é a cor do burro quando foge???

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Qual é a cor do burro quando foge???

Olá, pessoal. Vocês já pararam para refletir sobre o ditado: “Cor de burro quando foge”? Já ficaram tentando imaginar se seria amarelo, bege, marrom? O que acontece aqui, como em tantos outros ditados populares, é a força da oralidade. Nesse dito popular, o correto é: “Corro de burro quando foge”. E aí, sim, faz sentido.

Outro que causa estranheza é: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro”. Mas que tal de bicho carpinteiro é esse? O correto é: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.

Alguém já ouviu falar que... “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”? O correto é: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.”

Outro que no popular todo mundo erra: “Quem tem boca vai a Roma”. A forma que a sociedade interpreta é que, quem sabe comunicar-se, consegue ir a qualquer lugar. Mas, trata-se de uma referência ao governo absoluto em Roma, onde dificilmente se questionavam as atitudes do imperador. O correto é: “Quem tem boca vaia Roma.” (do verbo vaiar: ato que requer muita coragem).

“Cuspido e escarrado” é usado quando se pretende dizer que alguém é muito parecido com outra pessoa. O certo é: “Esculpido em Carrara.” (um tipo de mármore).

Vocês conhecem o dito popular: “Quem não tem cão, caça com gato”? Entretanto, não é essa a forma certa. O certo é: “Quem não tem cão, caça como gato”. Ou seja: sozinho! Interessante, não? Vejam algumas curiosidades...

“Nas coxas”: As primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila e moldadas nas coxas dos escravos. Como estes variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais. Daí, “fazer nas coxas”: de qualquer jeito.

“Voto de Minerva”: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

“Casa da mãe Joana”: Na época do Brasil Império, os governantes do país costumavam encontrar-se num prostíbulo do RJ, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão “casa da mãe Joana” ficou conhecida como sinônimo de lugar de bagunça.

“Conto do vigário”: Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de um burro. Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficou com a santa. Mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, “conto do vigário” é sinônimo de falcatrua.

“Ficar a ver navios”: Quando Dom Sebastião, rei de Portugal, morreu, seu corpo não foi encontrado. Por isso, o povo português se recusava a acreditar na sua morte. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

“Não entendo patavinas”: Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.

É isso aí, pessoal. Espero que tenham se divertido. Até mais!


JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 30 de julho de 2010.

Noções de Concordância Verbal: Outros Casos

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Noções de Concordância Verbal: Outros Casos


Olá, pessoal. É com muita felicidade que venho agradecer a Deus pela conquista no vestibular de Geografia da Unimontes-Pirapora, sendo mais uma possibilidade de formação profissional para mim. Agradeço também o carinho de todos os amigos e familiares que me parabenizaram, compartilhando comigo a minha alegria.

E, finalizando esta síntese sobre os estudos de concordância verbal, vejamos outros casos:

1) Partícula SE:

a- Quando o SE for Partícula apassivadora (torna a frase passiva): o verbo (transitivo direto) concordará com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.

Observem que percebemos a passividade da frase ao entendermos que “Vende-se carro” é igual a “Carro é vendido”. Da mesma forma, “Vendem-se carros” entende-se por “Carros são vendidos”. Assim, fica clara a concordância do verbo com o sujeito.

b- Quando o SE for Índice de indeterminação do sujeito (IIS – a frase fica com sujeito indeterminado, por não ser possível identificar a quem a ação é atribuída): o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no singular. Ex.: Precisa-se de secretárias. Confia-se em pessoas honestas. Vejam que em ambas atribui-se a ação a algum ser, porém não é possível identificá-lo.

2) Verbos impessoais:

São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. Os mais conhecidos são: o verbo Haver, no sentido de existir, ou significando tempo passado; e o verbo Fazer indicando tempo passado. Ex.: Havia sérios problemas na cidade. (HAVER = existir). Há dias não o vejo. (HAVER = tempo passado). Fazia quinze anos que ele tinha parado de estudar. (FAZER = tempo passado). Mas, atenção!!!! O verbo existir não é impessoal. Veja: Existem sérios problemas na cidade.

3) Verbos dar, bater e soar:

Quando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e com ele devem concordar. Ex.: O relógio deu duas horas. Deram duas horas no relógio da estação. Deu uma hora no relógio da estação. O sino da igreja bateu cinco badaladas.

Bateram cinco badaladas no sino da igreja. Soaram dez badaladas no relógio.

4) Sujeito oracional:

Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.

5) Concordância com o verbo ser:

Apesar de ser um estudo bem complexo, a concordância do verbo SER possui um caso muito interessante, o qual resolvi explicar aqui para vocês. Vejamos a regra: Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo SER ou PARECER concordarão com o predicativo. Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

Entretanto, poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

É isso aí, pessoal. Até a próxima!!!

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 23 de julho de 2010.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Noções de Concordância Verbal: Sujeito Composto

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Noções de Concordância Verbal: Sujeito Composto

Olá, pessoal. Vamos prosseguir com nossos estudos?

Concordância com sujeito composto: REGRA GERAL: o verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:

a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes – o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª.

No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.

Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)

Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Irei eu e minhas amigas.

b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por E – o verbo concordará com os dois núcleos. Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.

c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular – o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e a ansiedade não o ajudava a se concentrar.

d) Quando há gradação entre os núcleos – o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... – o verbo concorda com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro... – o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por OU – o verbo irá para o singular quando a ideia for de EXCLUSÃO; e plural quando for de INCLUSÃO. Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) /A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão).

h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/ assim...como/ não só...mas também, etc.) – o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./ Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

É isso. A próxima parte apresentará os últimos casos de concordância. Até lá.



JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 16/07/2010.

Noções de Concordância Verbal: Sujeito simples

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Noções de Concordância Verbal: Sujeito simples

Olá, pessoal! Prosseguindo os estudos iniciados nas semanas anteriores, trago para vocês algumas dicas sobre Concordância Verbal. A fim de facilitar a compreensão, as gramáticas costumam dividir esse conteúdo em partes específicas, de acordo com o tipo de sujeito que a oração apresenta. Assim, dividiremos nossos estudos em: Concordância com o sujeito simples; Concordância com o sujeito composto e Outros casos. Vamos lá?

Concordância com sujeito simples: REGRA GERAL: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema. Percebam que o verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:

a) Sujeito coletivo – o verbo fica no singular. Ex.: A multidão gritou pelo rádio.

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural. Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.

c) O sujeito é pronome de tratamento – o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.

d) O sujeito é o pronome relativo QUE – o verbo concorda com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.

e) O sujeito é o pronome relativo QUEM – o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu quem derramou o café. (concorda com “quem”) / Fui eu quem derramei o café. (concorda com “eu”).

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. – o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). Ex.: Quais de vós me punirão? (concorda com “quais”) / Quais de vós me punireis? (concorda com “vós”).

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural – se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.

h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula. (concorda com o numeral “um”) / Mais de cinco alunos não compareceram à aula (concorda com o numeral “cinco”).

i) Sujeito cujo núcleo é a palavra GENTE (sentido coletivo) – o verbo poderá ser usado no singular ou plural se este vier afastado do substantivo. Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

É isso aí, pessoal. Na próxima, veremos as possíveis concordâncias com sujeito composto. Até lá.

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 09/07/2010.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Poema: O Assassino era o escriba


Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

Poema muito bom para trabalhar aspectos gramaticais... principalmente análise dos tipos de sujeito.. a relembrar: Sujeito Determinado - simples, oculto ou composto; Sujeito Indeterminado e Sujeito Inexistente!!!
Beijão

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dicas Práticas: Concordância Nominal II

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Dicas Práticas: Concordância Nominal II

Olá, pessoal! Dando continuidade aos estudos sobre Concordância Nominal, vejamos mais alguns casos interessantes.

Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a):

1 – Após essas expressões, o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural. Ex.: Ele advogou um e outro caso fáceis; Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

É bom, é necessário, é proibido:

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante. Ex.: Canja é bom. / A canja é boa; É necessário sua presença. / É necessária a sua presença; É proibido entrada de pessoas. / A entrada é proibida.

Muito, pouco, caro:

1- Como adjetivos: seguem a regra geral. Ex.: Comi muitas frutas durante a viagem; Pouco arroz é suficiente para mim; Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis. Ex.: Comi muito durante a viagem; Pouco lutei; Comprei caro os sapatos. Nota: Lembrem que o advérbio é a classe gramatical invariável que modifica adjetivo, verbo ou outro advérbio.

Mesmo, bastante:

1- Como advérbios: invariáveis. Ex.: Preciso mesmo (= a realmente) da sua ajuda; Fiquei bastante (= intensidade) contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral. Ex.: Seus argumentos foram bastantes (= quantidade) para me convencer; Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

Menos, alerta:

1- Em todas as ocasiões são invariáveis. Ex.: Preciso de menos comida para perder peso; Estamos alerta para com suas chamadas.

Tal Qual:

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente. Ex.: As garotas são vaidosas tais qual a tia; Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

Possível:

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. Ex.: A mais possível das alternativas é a que você expôs; Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa; As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

Meio:

1- Como advérbio: invariável. Ex.: Estou meio insegura. (= a um pouco)

2- Como numeral: segue a regra geral. Ex.: Comi meia laranja pela manhã. (= metade)

Só:

1- apenas, somente (advérbio): invariável. Ex.: Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável. Ex.: Estiveram sós hoje. (Fonte: infoescola - adaptado)


É isso, pessoal. Na próxima semana, veremos mais dicas. Até lá.


JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 02/07/2010.

Dicas Práticas: Concordância Nominal I

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Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Dicas Práticas: Concordância Nominal I


Olá, pessoal! A partir desta semana, trago para vocês algumas dicas bastante práticas sobre concordância. O objetivo não é só conhecer a regra, mas, principalmente, saber utilizá-la. Vamos lá?

Antes, vamos ao conceito: Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal, o que faremos em outra oportunidade.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome concordam em gênero e número com o substantivo. Ex.: A pequena criança é uma gracinha; O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral:

Um adjetivo após vários substantivos:

1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui; Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Ela tem pai e mãe louros; Ela tem pai e mãe loura.

3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural. Ex.: O homem e o menino estavam perdidos; O homem e sua esposa estão hospedados aqui.

Um adjetivo anteposto a vários substantivos:

1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo. Ex.: Comi delicioso almoço e sobremesa; Provei deliciosa fruta e suco.

2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Ex.: Estavam feridos o pai e os filhos; Estava ferido o pai e os filhos.

Um substantivo e mais de um adjetivo:

1 – Antecede todos os adjetivos com um artigo. Ex.: Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.

2 – Coloca o substantivo no plural. Ex.: Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

Pronomes de tratamento:

1 – sempre concordam com a 3ª pessoa. Ex.: Vossa santidade esteve no Brasil.

Anexo, incluso, próprio, obrigado:

1 – Concordam com o substantivo a que se referem. Ex.: As cartas estão anexas; A bebida está inclusa; Precisamos de nomes próprios; Obrigado, disse o rapaz.

Atenção!!! Quando a expressão for “em anexo”, não haverá concordância, uma vez que ela é invariável. Percebam: O documento está em anexo. Os documentos estão em anexo. As cartas estão em anexo.

Anotaram? É isso aí. Até a próxima!


JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 25/06/2010.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lista de Homônimos e Parônimos

Lista de Homônimos e Parônimos


Acender - pôr fogo a

Ascender - elevar-se, subir


Acento - inflexão de voz, tom de voz, acento

Assento - base, lugar de sentar-se


Acessório - pertences de qualquer instrumento ou máquina; que não é principal

Assessório - diz respeito a assistente, adjunto ou assessor


Aço - ferro temperado

Asso - do v. assar


Anticéptico - contrário ao cepticismo

Antisséptico - contrário ao pútrido; desinfetante


Asar - guarnecer de asas

Azar - má sorte, ocasionar


Brocha - tipo de prego

Broxa - tipo de pincel


Caçado - apanhado na caça

Cassado - anulado


Cardeal - principal; prelado; ave; planta; ponto (cardeal)

Cardial - relativo à cárdia


Cartucho - carga de arma de fogo

Cartuxo - frade de Cartuxa


Cédula - documento

Sédula - feminino de sédulo (cuidadoso)


Cegar - tornar ou ficar cego

Segar - ceifar


Cela - aposento de religiosos; pequeno quarto de dormir

Sela - arreio de cavalgadura


Censo - recenseamento

Senso - juízo


Censual - relativo a censo

Sensual - relativo aos sentidos


Cerra - do verbo cerrar (fechar)

Serra - instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar)


Cerração - nevoeiro denso

Serração - ato de serrar


Cerrado - denso; terreno murado; part. do v. cerrar (fechado)

Serrado - particípio de serrar (cortar)


Cessão - ato de ceder

Sessão - tempo que dura uma assembléia

Secção ou seção - corte, divisão


Cevar - nutrir, saciar

Sevar - ralar


Chá - infusão de folhas para bebidas

Xá - título do soberano da Pérsia


Cheque - ordem de pagamento

Xeque - perigo; lance de jogo de xadrez; chefe de tribo árabe


Cinta - tira de pano

Sinta - do v. sentir


Círio - vela de cera

Sírio - relativo à Síria; natural desta


Cível - relativo ao Direito Civil

Civil - polido; referente às relações dos cidadãos entre si


Cocho - tabuleiro

Coxo - que manqueja


Comprimento - extensão

Cumprimento - ato de cumprir, saudação


Concelho - município

Conselho - parecer


Concerto - sessão musical; harmonia

Conserto - remendo, reparação


Concílio - assembléia de prelados católicos

Consílio - conselho


Conjetura - suposição

Conjuntura - momento


Coringa - pequena vela triangular usada à proa das canoas de embono; moço de barcaça

Curinga - carta de baralho


Corisa - inseto

Coriza - secreção das fossas nasais


Coser - costurar

Cozer - cozinhar


Decente - decoroso

Descente - que desce


Deferir - atender, conceder

Diferir - distinguir-se; posicionar-se contrariamente; adiar (um compromisso marcado)


Descargo - alívio

Desencargo - desobrigação de um encargo


Desconcertado - descomposto; disparato

Desconsertado - desarranjado


Descrição - ato de descrever

Discrição - qualidade de discreto


Descriminar - inocentar

Discriminar - distinguir, diferenciar


Despensa - copa

Dispensa - ato de dispensar


Despercebido - não notado

Desapercebido - desprevenido


Édito - ordem judicial

Edito - decreto, lei (do executivo ou legislativo)


Elidir - eliminar

Ilidir - refutar


Emergir - sair de onde estava mergulhado

Imergir - mergulhar


Emerso - que emergiu

Imerso - mergulhado


Emigração - ato de emigrar

Imigração - ato de imigrar


Eminente - excelente

Iminente - sobranceiro; que está por acontecer


Emissão - ato de emitir, pôr em circulação

Imissão - ato de imitir, fazer entrar


Empossar - dar posse

Empoçar - formar poça


Espectador - o que observa um ato

Expectador - o que tem expectativa


Espedir - despedir; estar moribundo

Expedir - enviar


Esperto - inteligente, vivo

Experto - perito ("expert")


Espiar - espreitar

Expiar - sofrer pena ou castigo


Esplanada - terreno plano

Explanada (o) - part. do v. explanar


Estasiado - ressequido

Extasiado - arrebatado


Estático - firme

Extático - absorto


Esterno - osso dianteiro do peito

Externo - que está por fora


Estirpe - raiz, linhagem

Extirpe - flexão do v. extirpar


Estofar - cobrir de estofo

Estufar - meter em estufa


Estrato - filas de nuvens

Extrato - coisa que se extraiu de outra


Estremado - demarcado

Extremado - extraordinário


Flagrante - evidente

Fragrante - perfumado


Fluir - correr

Fruir - desfrutar


Fuzil - arma de fogo

Fusível - peça de instalação elétrica


Gás - fluido aeriforme

Gaz - medida de extensão


Incidente - acessório, episódio

Acidente - desastre; relevo geográfico


Infligir - aplicar castigo ou pena

Infringir - transgredir


Incipiente - que está em começo, iniciante

Insipiente - ignorante


Intenção - propósito

Intensão - intensidade; força


Intercessão - ato de interceder

Interseção - ato de cortar


Laço - nó que se desata facilmente

Lasso - fatigado


Maça - clava; pilão

Massa - mistura


Maçudo - maçador; monótono

Massudo - que tem aspecto de massa


Mandado - ordem judicial

Mandato - período de permanência em cargo


Mesinha - diminutivo de mesa

Mezinha - medicamento


Óleo - líquido combustível

Ólio - espécie de aranha grande


Paço - palácio real ou episcopal

Passo - marcha


Peão - indivíduo que anda a pé; peça de xadrez

Pião - brinquedo


Pleito - disputa

Preito - homenagem


Presar - aprisionar

Prezar - estimar muito


Proeminente - saliente no aspecto físico

Preeminente - nobre, distinto


Ratificar - confirmar

Retificar - corrigir


Recreação - recreio

Recriação - ato de recriar


Recrear - proporcionar recreio

Recriar - criar de novo


Ruço - grave, insustentável

Russo - da Rússia


Serva - criada, escreva

Cerva - fêmea do cervo


Sesta - hora do descanso

Sexta - redução de sexta-feira; hora canônica; intervalo musical


Tacha - tipo de prego; defeito; mancha moral

Taxa - imposto


Tachar - censurar, notar defeito em; pôr prego em

Taxar - determinar a taxa de


Tráfego - trânsito

Tráfico - negócio ilícito


Viagem - jornada

Viajem - do verbo viajar


Vultoso - volumoso

Vultuoso - inchado


SAIBA MAIS



Existem também expressões que apresentam semelhanças entre si, e têm significação diferente. Tal semelhança pode levar os utentes da língua a usar uma expressão uma em vez de outra.


Acerca de: sobre, a respeito de. Fala acerca de alguma coisa.
A cerca de: a uma distância aproximada de. Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.
Há cerca de: faz aproximadamente. Trabalha há cerca de cinco anos.

Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo. Ir ao encontro dos familiares.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.

Ao invés de: ao contrário de
Em vez de: em lugar de. Usar uma expressão em vez de outra.

A par: ciente. Estou a par do assunto.
Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.).

À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Vida à-toa.
À toa (advérbio): sem rumo. Andar à toa.

Tabela prática para uso do Hifen de acordo com as novas regras

Achei na web e decidi colocar aqui pra vcs...bom uso!!!