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sábado, 9 de maio de 2009

Jornal A Semana - Pirapora/MG

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá... Você tem uma IDEIA do que está acontecendo???- Parte II* Olá, pessoal! Estou aqui a fim de dar prosseguimento ao nosso estudo sobre as regras ortográficas em vigor no Brasil desde Janeiro deste ano, através da lei assinada em Setembro de 2008. Para quem pensa que isso é coisa resolvida “de uma hora pra outra”, saibam que o acordo está em discussão há muito mais tempo do que se pensa! Está em vigor em alguns países de língua portuguesa desde 1990. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional que tem por objetivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, ao fim de uma negociação entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Depois de obter a sua independência, o Timor Leste aderiu ao Acordo em 2004. O Acordo Ortográfico de 1990 pretende instituir uma ortografia oficial única da língua portuguesa e com isso aumentar o seu prestígio internacional, dando fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa. A adoção da nova ortografia irá acarretar alterações em cerca de 0,5% na grafia brasileira. Segundo os promotores do Acordo, nos países lusófonos que não o Brasil, as mudanças afetarão cerca de 1,6% do vocabulário total, não tendo sido quantificada a frequência das palavras cuja grafia é alterada, as quais são bastante frequentes. As alterações mais significativas nos demais países consistem na eliminação sistemática das consoantes c e p em palavras em que estas letras sejam invariavelmente não-articuladas nas variantes cultas da língua, como óptimo e correcto, passando a escrever-se ótimo e correto, respectivamente. Elimina-se também o hífen nas formas verbais hão-de e há-de. Observem: acção vira ação. Acto vira ato. Egipto vira Egito. Afecto vira afeto. Adoptar vira adotar. Percebam como essas mudanças fazem com que a escrita dessas palavras fiquem idênticas à nossa forma de escrevê-las. Parte dos críticos acredita que a proposta, em sua encarnação atual, é insuficiente para atingir seus propósitos, uma vez que muitas palavras continuarão apresentando possíveis variantes ortográficas. O professor de português Pasquale Cipro Neto afirma que "é uma reforma meia-sola, que não unifica a escrita de fato". E vocês, o que pensam a respeito? È de suma importância ter uma opinião, contrária ou favorável, a respeito desse tema. Afinal, somos nós, falantes de língua portuguesa, a válvula que move insistentemente a estrutura desta língua a cada ano que passa. Na próxima semana, trarei para vocês as primeiras mudanças ocorridas no Brasil! Até lá!
*Matéria publicada no Jornal A Semana, em Pirapora-MG, pela colunista Juliana Barreto.

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