Pesquise aqui

 

domingo, 24 de maio de 2009

O Novo ENEM: uma abordagem crítica

PLANTÃO DO VESTIBULANDO Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
O Novo ENEM: uma abordagem crítica*

Olá, pessoal! Trouxe nesta semana para vocês um assunto que tem tirado o sono de muitos estudantes do Brasil. Afinal, o que vai acontecer com o vestibular do Brasil??? O Ministério da Educação (MEC) decidiu transformar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), criado por Paulo Renato em 1998, em uma prova que selecionará alunos para as universidades federais. O ministro da Educação, Fernando Haddad, mostrou a proposta ao Brasil e este processo ainda está em discussão. Porém, 25 universidades federais brasileiras já se manifestaram a favor da mudança. Em Minas, as universidades de Alfenas, Uberlândia, São João Del Rei, dentre outras, já pretendem aderir. Muitos jovens, ao saírem do Ensino Médio, sempre demonstraram medo do vestibular. Este, de acordo com a forma como tem sido feito no Brasil, procura exigir mais do aluno a memorização do conteúdo do que o raciocínio em si. Esse fato, juntamente com a ideia de fazer diversas provas, em diferentes universidades, na esperança de conseguir ser aprovado em alguma delas, levou o MEC a mudar de atitude. Baseando-se no modelo norte-americano SAT (Scholastic Assessment Test), o modelo da nova prova é a busca de um padrão a ser seguido pelas instituições que aderirem ao novo processo (o que, até então, não é uma obrigatoriedade), a fim de que os alunos possam fazer uma só prova e escolher entre vagas de universidades diferentes. O aluno receberá sua nota antes de se inscrever nos concursos das faculdades e poderá, ainda, consultar as médias dos demais candidatos à vaga que ele deseja. Assim, poderá ter uma visão muito realista de suas chances no processo seletivo. Caso perceba não ter chance diante de seus concorrentes em determinada universidade, poderá optar por outra. Serão 200 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas serão aplicadas em dois dias. Entre as áreas abordadas, estão linguagens (50 testes e redação), ciências humanas (50 testes), ciências da natureza (50 testes) e matemática (50 testes), relembrando que se pretende eliminar os intermináveis conteúdos que o aluno é obrigado a memorizar, deixar de lado a famosa “decoreba” e forçar o raciocínio e a interpretação. Muitas críticas estão sendo voltadas para essa novidade. Alguns alegam que o novo processo seletivo irá “pegar” os candidatos de surpresa, pois muitos ainda nem sabem o que será cobrado na nova prova, nem de que forma isso será cobrado. E o tempo é curto, já que muitas instituições pretendem aderir ao novo ENEM neste ano ou em 2010. As escolas de ensino regular podem até começar a preparar seus alunos daqui em diante, mas, o que fazer com os vestibulandos que já terminaram o Ensino Médio? E, principalmente, o que fazer com aqueles que não terão condições financeiras de entrar em um cursinho preparatório para tomar contato com as novas competências que a prova unificada exigirá? Como eles poderão se preparar para isso, se, muito provavelmente, o ensino que eles tiveram na escola não os incentivou ao raciocínio? É uma questão a ser pensada com muita calma... Até a próxima, pessoal! *Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, em 23/maio/2009, pela colunista Juliana Barreto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada!