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domingo, 20 de setembro de 2009

Deixa disso, camarada!!! – Parte II

PLANTÃO DO VESTIBULANDO

Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...

Deixa disso, camarada!!! – Parte II

Olá, pessoal! Voltemos ao assunto variedades linguísticas, objetivando trabalhar naquilo que será fundamental para uma boa prova do Novo Enem!!!

Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolinguística usam o termo leto, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas variações:

1) Dialetos, isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas. Lembrete: idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral);

2) Socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas;

3) Linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação;

4) Idioletos, ou seja, uma variação particular a uma certa pessoa;

5) Registros, o vocabulário especializado e/ ou a gramática de certas atividades ou profissões;

6) Etnoletos, para um grupo étnico; e

7) Ecoletos, um idioleto adotado por uma casa.

Alem disso, é importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais perceptível na pronúncia e no vocabulário. Esse fenômeno da variação se torna mais complexo porque os níveis não se apresentam de maneira estanque, eles se superpõem.

1) Nível fonológico - por exemplo, o “L” final de sílaba é pronunciado como consoante pelos gaúchos, enquanto em quase todo o restante do Brasil é vocalizado, ou seja, pronunciado como um u; o “R” “caipira” e o “S” chiado do carioca são outros exemplos;

2) Nível morfossintático - muitas vezes, por analogia, por exemplo, algumas pessoas conjugam verbos irregulares como se fossem regulares: "manteu" em vez de "manteve", "ansio" em vez de "anseio"; certos segmentos sociais não realizam a concordância entre sujeito e verbo, e isto ocorre com mais frequência se o sujeito está posposto ao verbo (“Fez medo os raios”, em vez de “Fizeram”). Há ainda variedade em termos de regência: "eu lhe vi" ao invés de "eu o vi", etc.;

3) Nível vocabular - algumas palavras são empregadas em um sentido específico de acordo com a localidade. Exemplos: em Portugal diz-se "miúdo", ao passo que no Brasil usa-se “moleque", "garoto", "menino", "guri"; as gírias são, tipicamente, um processo de variação no nível vocabular. (Fontes: Wikipedia e Enem nota 100).

É isso aí, pessoal! Espero que tenha contribuído não só para ensinar um pouco mais sobre o conteúdo da área de Linguagens, mas também para eliminar qualquer tipo de preconceito linguístico!!! Até a próxima...

JULIANA BARRETO – PROFª DE LÍNGUA PORTUGUESA – Matéria publicada pelo Jornal A Semana, de Pirapora/MG, em 18/09/2009.

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