PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Comunicação: como ela aparece nos vestibulares – Parte I
Olá, pessoal. Após essa semana de descanso e folia de carnaval, voltemos aos estudos. Nesta edição, aprenderemos alguns conceitos básicos sobre comunicação e linguagem, e como isso é cobrado nos vestibulares, mais particularmente no Enem.
Sabemos que no Enem há uma tendência muito forte de explorar a área de linguagem em suas mais diversas possibilidades. Com isso, tem aparecido na prova um número grande de cartuns, charges, HQ’s, etc, o que, para muitas pessoas, dificulta a resolução da questão, por exigir mais esforço interpretativo. O objetivo dos vestibulares ao cobrar esse tipo de texto é fazer com que o pré-vestibulando saiba articular melhor as várias possibilidades de linguagem e comunicação. Vamos aos conceitos!
Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies ou tipos: linguagem visual, corporal, gestual, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos (Wikipedia). Já Ferdinand de Saussure vem explicar o que é a língua: “uma soma de sinais depositados em cada cérebro, mais ou menos como um dicionário cujos exemplares, todos idênticos, fossem repartidos entre os indivíduos”. Assim sendo, a fala se torna a manifestação individual da língua.
Sabemos que muitas coisas no ato da comunicação interferem no que queremos dizer. Ou seja, a entonação, a força em determinada sílaba do início ou final da palavra, a separação silábica intencional, tudo isso faz com que consigamos explicar melhor nossas intenções de comunicadores. Além disso, como falantes, temos a possibilidade de usar diferentes normas de linguagem, a citar:
As variantes coletivas (ou subcódigos) dentro de um mesmo domínio linguístico dividem-se em dois tipos principais: diatópicas (variantes ou normas regionais) e diastráticas (variantes culturais ou registros).
• As variantes diatópicas caracterizam as diversas normas regionais existentes dentro de um mesmo país e até dentro de um mesmo estado, como o falar gaúcho, o falar mineiro, etc. Por exemplo, “cair um tombo”, no Rio Grande do Sul; “levar um tombo”, no Rio de Janeiro.
• As variantes diastráticas, intimamente ligadas à estratificação social, evidenciam a variedade de diferenças culturais dentro de uma comunidade e podem subdividir-se em norma culta padrão, norma coloquial e norma popular (também chamada de vulgar). A norma culta é a modalidade escrita empregada na escola, nos textos oficiais, científicos e literários. Baseada na tradição gramatical, é a variante de maior prestígio sociocultural. Ex.: Há muito tempo não o vejo. Vendem-se carros. Havia dez alunos em sala. A norma coloquial é aquela empregada oralmente pelas classes médias escolarizadas. Viva e espontânea, seu grau de desvio em relação à norma culta pode variar conforme as circunstâncias de uso. Ex.: Tem muito tempo que não lhe vejo / não vejo ele. Vende-se carros. Tinha dez alunos em sala. A norma popular caracteriza a fala das classes populares semiescolarizadas ou não escolarizadas. Nessa modalidade, o desvio em relação à norma gramatical é maior, caracterizando o chamado “erro”. Ex.: A gente fomos na praia. Dois cachorro-quente custa três real.
Por enquanto, ficaremos por aqui. Mas na próxima tem mais! Até lá.
Prof.ª Mestra em Literatura Brasileira pela UNIMONTES Juliana Barreto Blog com dicas de Português, voltadas para concursos, vestibulares e Enem. E divulgação do meu trabalho com correção gramatical de textos: correção de TCC, artigos, monografias, dissertações e teses. e ainda correção de redações de pré-vestibulandos e concurseiros. metodoeuteaprovo@gmail.com *Graduanda em Direito/FacFunam, Pirapora-MG julianajuristamg@gmail.com
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