Pesquise aqui

 

domingo, 27 de maio de 2012

Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte IV: Uma estória de amor, Guimarães Rosa


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte IV:
Uma estória de amor, Guimarães Rosa

Olá, pessoal! A obra a ser analisada nesta semana pertence ao livro: CORPO DE BAILE, Guimarães Rosa, 1956; que é dividido em 3 partes: Manuelzão e Miguilim – Campo geral e Uma estória de Amor –, No Urubuquaqua e Noites do sertão.

Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte III: Serrano de Pilão Arcado: A saga de Antônio Dó, Petrônio Braz


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte III:
Serrano de Pilão Arcado: A saga de Antônio Dó, Petrônio Braz

Olá, pessoal! Petrônio Braz nasceu em 1928, na cidade de São Francisco-MG. A obra deste autor, proposta pela UNIMONTES, vem buscar uma valorização não só da cultura mineira como também da nossa história. Serrano de Pilão Arcado foi publicado em 2006, não pertencendo, portanto, ao estilo de época considerado como Modernismo. Desta forma, numa linha do tempo de nossa Literatura, a obra estaria num tempo posterior à de Guimarães Rosa. Entretanto, pelo fato de dialogar muito bem com a obra explicada anteriormente (de Ana Miranda) e a que fará parte de nossos estudos na próxima semana (de G. Rosa), resolvi colocar sua análise nesta matéria.

Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte II: A última quimera, Ana Miranda


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte II:
A última quimera, Ana Miranda

Olá, pessoal! Prosseguindo na análise das obras literárias do processo seletivo da Unimontes 2/2012, vejamos como Ana Miranda aborda a vida e a obra de Augusto dos Anjos, no livro: A última quimera.
Primeiramente, trata-se de um romance metabiográfico, uma vez que é a literatura feita sobre a literatura (daí a questão metalinguística), somando-se ao fato de representar a biografia de um autor, no caso, Augusto dos Anjos. A escolha não foi aleatória, uma vez que Ana Miranda, com sua tendência à brasilidade, busca um processo de revalorização. Assim, tenta mostrar um lado do poeta não conhecido pelos leitores: sua forma de ver, pensar, sentir, diante do mundo; e traz isso como uma forma de resgatar o valor pessoal e literário de Augusto dos Anjos.

Análise de Obras Literárias – Unimontes – Parte I: Eu, Augusto dos Anjos


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Análise de Obras Literárias – Unimontes* – Parte I:
Eu, Augusto dos Anjos**

Olá, pessoal! Já vimos um pouco sobre o poeta Augusto dos Anjos, mas, a fim de que possamos entender melhor a obra “Eu”, iremos agora mesclar os conhecimentos adquiridos sobre o autor com a análise de sua única obra.
O estilo de Augusto reúne características de vários estilos de época, tornando-o não só único, mas, e principalmente, o chamado “poeta do não-lugar”, uma vez que faz com que ele não se encontre em nenhuma tendência. Antes, traz para si o que julga melhor em cada uma delas, ou, pelo menos, o que é de seu gosto em cada uma delas.

sábado, 12 de maio de 2012

Literatura: Estilos de Época – MODERNISMO e CONTEMPORANEIDADE


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Literatura: Estilos de Época – MODERNISMO e CONTEMPORANEIDADE

Olá, pessoal! Para finalizar nossa aprendizagem sobre os estilos de época da Literatura Brasileira, só nos resta falar do MODERNISMO e do PÓS-MODERNISMO.
O Modernismo se inicia efetivamente na Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo, no ano de 1922. Teve seu fim no pós-45. E veio com o intuito de “comer” a literatura europeia, “engolir” o que lhe fosse necessário e “vomitar” o que não fosse útil (manifesto chamado de Antropofagia). Em sua primeira fase, esse estilo aboliu pontuações, regras de concordância, uso de adjetivos, fazendo uma escrita totalmente livre. O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. A palavra de ordem era PROGRESSO. A movimentação do mundo crescente exigia uma literatura que acompanhasse tais mudanças. Época de grandes invenções, das grandes esteiras de produção, das Revoluções Industriais... Cabe lembrar o crítico filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, satirizando o homem como vítima da sua própria criação: a máquina.
No meio disso tudo, e paralelamente, um novo estilo de ser, de se comportar e de pensar tomava conta das emergentes cidades: tratava-se da Belle Époque. “Costuma-se definir Belle Époque como um período de pouco mais de trinta anos que, iniciando-se por volta de 1880, prolonga-se até a Guerra de 1914. Mas essa não é, logicamente, uma delimitação matemática: na verdade, Belle Époque é um estado de espírito, que se manifesta em dado momento na vida de determinado país. No Brasil, a Belle Époque situa-se entre 1889, data da proclamação da República, e 1922, ano da realização da Semana da Arte Moderna em São Paulo, sendo precedida por um curto prelúdio – a década de 1880 – e prorrogada por uma fase de progressivo esvaziamento, que perdurou até 1925.” (Fonte: Internet).
Ao longo dessa fase, frequentemente se via pelas ruas um estilo moderno de se comportar e se vestir. Mulheres usando calça, muito bem trajadas, homens de chapéus, ambos, leitores e adoradores das artes. O moderno. São Paulo, principalmente, era, no Brasil, um dos focos da modernidade que se aproximava. E todo esse “clima de euforia” foi pintado pela emergência da Art Nouveau, através da qual, já se manifestavam todas as vanguardas europeias: uma nova arte, uma nova forma de ver o mundo.
Pós-modernismo é a denominação aplicada às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950 até os dias de hoje, quando, por convenção, se encerrou o Modernismo. O Pós-Modernismo tem como algumas características a invasão da tecnologia, a revolução da comunicação e a informática. Na economia, tem o poder de seduzir os indivíduos para fins de consumo. Vivendo num mundo de signos, prefere-se a imagem ao objeto, o simulacro ao real, o hiper-realismo, que expressa a perplexidade contemporânea. É nesse contexto que temos, por exemplo, a poesia concreta, a poesia marginal, enfim, todas as manifestações que foram surgindo a partir da década de 50 e que, mesmo não sendo consideradas “Estilos de Época”, influenciaram e ainda influenciam, de uma forma ou de outra, os artistas da contemporaneidade.

Até a próxima...



*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil

Literatura: Estilos de Época – PRÉ-MODERNISMO


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Literatura: Estilos de Época – PRÉ-MODERNISMO

Olá, pessoal! Os vestibulares começam a se aproximar e nós continuamos aqui com nossa busca pelos melhores lugares! Vamos entender mais de Literatura?
O que se convencionou chamar de PRÉ-MODERNISMO no Brasil não constitui uma "escola literária", ou seja, não temos um grupo de autores em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Pré-Modernismo acaba sendo um termo genérico que designa as produções literárias realizadas nos primeiros vinte anos do século XX. A partir daí que a Literatura Brasileira vai procurar desvencilhar-se das cópias europeias e pretenderá alcançar algo de realmente brasileiro.
            O Pré-Modernismo abrangeu o período literário entre a publicação de Canaã (1902), de Graça Aranha, e a realização da Semana de Arte Moderna (1922). A produção dessa época foi bastante variada, mas refletiu a permanência de valores estético-ideológicos do século XIX, que se mesclaram com outros, renovadores, do novo século, voltados para a situação nacional e social do país. Apesar de não ser considerado um estilo de época definido, há pontos em comum entre as obras deste período: são obras inovadoras que rompem com o passado, com o academismo; há uma denúncia da realidade brasileira: o Brasil é visto pelo sertão nordestino, pelos subúrbios... (regionalismo); tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, os mulatos, etc.; ligação com a realidade política, econômica e social: menor distância entre a realidade e a ficção.
Os principais autores foram: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato. Lembrem-se de que muitos estudiosos irão colocar o nome de Augusto dos Anjos junto a essa lista. Porém, é pertinente relembrar que esse autor não se prendeu a nenhum estilo, conforme vimos anteriormente.
Abaixo, percebam a linguagem culta, muitas vezes tão seca e dura quanto o próprio sertão, o tema contextualizado, verossímil e polêmico em suas abordagens históricas. Vejam que há uma busca por retratar a sociedade, as angústias. Algo, por assim dizer, próprio do estilo realista, principalmente nas descrições, mas já com características modernas e vanguardistas, pois a obra trata de uma população que, até então, jamais havia sido foco da nossa literatura: o povo sertanejo.

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.

(Fragmento da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, São Paulo: Círculo do Livro, 1975).

Até a próxima...


*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil

Literatura: Estilos de Época – AUGUSTO DOS ANJOS: Parte II


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
        Literatura: Estilos de Época – AUGUSTO DOS ANJOS: Parte II

Olá, pessoal! Na semana anterior, vimos um pouco sobre o poeta Augusto dos Anjos. Aprendemos que ele não se “encaixa” em nenhum estilo de época propriamente dito e que possui características próprias. Uma delas diz respeito à herança expressionista que o autor carrega.
Surgido como desdobramento do pós-impressionismo, o EXPRESSIONISMO foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos primórdios do século XX, de indivíduos que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que na sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva. Ou seja, a obra de arte é reflexo direto do mundo interior do artista expressionista. (...) O expressionismo costuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjetivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo é extrapolável a qualquer época e espaço geográfico. (Fonte: Wikipedia)
É interessante repararmos nas artes plásticas expressionistas a deformação da imagem visual e as cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas. Mas, no que diz respeito à literatura, o expressionismo também trouxe a deformação: um eu-lírico aparece aí totalmente desfigurado, com feições sombrias e pensamentos confusos. Na Literatura Brasileira, Augusto dos Anjos conseguiu traduzir perfeitamente essa tendência, apresentando um eu-lírico decadente, sombrio, subjetivo e sem forma, como se pode perceber abaixo:
Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

            Observem que existe um “quê” naturalista, principalmente determinista, em Augusto dos Anjos. O poeta acredita ser a morte a única certeza e explora, assim como aconteceu no Simbolismo, a sublimação das imagens. E ainda mostra, assim como fez o Parnasianismo, versos valorizados pela sua perfeição formal (soneto).
            Uma mistura de estilos. Um poeta de singular escrita, com certeza.
Até a próxima...


*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil