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sábado, 12 de maio de 2012

Literatura: Estilos de Época – PRÉ-MODERNISMO


PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Literatura: Estilos de Época – PRÉ-MODERNISMO

Olá, pessoal! Os vestibulares começam a se aproximar e nós continuamos aqui com nossa busca pelos melhores lugares! Vamos entender mais de Literatura?
O que se convencionou chamar de PRÉ-MODERNISMO no Brasil não constitui uma "escola literária", ou seja, não temos um grupo de autores em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Pré-Modernismo acaba sendo um termo genérico que designa as produções literárias realizadas nos primeiros vinte anos do século XX. A partir daí que a Literatura Brasileira vai procurar desvencilhar-se das cópias europeias e pretenderá alcançar algo de realmente brasileiro.
            O Pré-Modernismo abrangeu o período literário entre a publicação de Canaã (1902), de Graça Aranha, e a realização da Semana de Arte Moderna (1922). A produção dessa época foi bastante variada, mas refletiu a permanência de valores estético-ideológicos do século XIX, que se mesclaram com outros, renovadores, do novo século, voltados para a situação nacional e social do país. Apesar de não ser considerado um estilo de época definido, há pontos em comum entre as obras deste período: são obras inovadoras que rompem com o passado, com o academismo; há uma denúncia da realidade brasileira: o Brasil é visto pelo sertão nordestino, pelos subúrbios... (regionalismo); tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, os mulatos, etc.; ligação com a realidade política, econômica e social: menor distância entre a realidade e a ficção.
Os principais autores foram: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato. Lembrem-se de que muitos estudiosos irão colocar o nome de Augusto dos Anjos junto a essa lista. Porém, é pertinente relembrar que esse autor não se prendeu a nenhum estilo, conforme vimos anteriormente.
Abaixo, percebam a linguagem culta, muitas vezes tão seca e dura quanto o próprio sertão, o tema contextualizado, verossímil e polêmico em suas abordagens históricas. Vejam que há uma busca por retratar a sociedade, as angústias. Algo, por assim dizer, próprio do estilo realista, principalmente nas descrições, mas já com características modernas e vanguardistas, pois a obra trata de uma população que, até então, jamais havia sido foco da nossa literatura: o povo sertanejo.

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.

(Fragmento da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, São Paulo: Círculo do Livro, 1975).

Até a próxima...


*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil

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