PLANTÃO
DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
Literatura:
Estilos de Época – PRÉ-MODERNISMO
Olá,
pessoal! Os vestibulares começam a se aproximar e nós continuamos aqui com
nossa busca pelos melhores lugares! Vamos entender mais de Literatura?
O
que se convencionou chamar de PRÉ-MODERNISMO no Brasil não constitui uma
"escola literária", ou seja, não temos um grupo de autores em torno
de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Pré-Modernismo
acaba sendo um termo genérico que designa as produções literárias realizadas
nos primeiros vinte anos do século XX. A partir daí que a Literatura Brasileira
vai procurar desvencilhar-se das cópias europeias e pretenderá alcançar algo de
realmente brasileiro.
O Pré-Modernismo abrangeu o período
literário entre a publicação de Canaã (1902), de Graça Aranha, e a realização
da Semana de Arte Moderna (1922). A produção dessa época foi bastante variada,
mas refletiu a permanência de valores estético-ideológicos do século XIX, que se
mesclaram com outros, renovadores, do novo século, voltados para a situação
nacional e social do país. Apesar de não ser considerado um estilo de época
definido, há pontos em comum entre as obras deste período: são obras inovadoras
que rompem com o passado, com o academismo; há uma denúncia da realidade
brasileira: o Brasil é visto pelo sertão nordestino, pelos subúrbios...
(regionalismo); tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, os
mulatos, etc.; ligação com a realidade política, econômica e social: menor
distância entre a realidade e a ficção.
Os
principais autores foram: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e
Monteiro Lobato. Lembrem-se de que muitos estudiosos irão colocar o nome de
Augusto dos Anjos junto a essa lista. Porém, é pertinente relembrar que esse
autor não se prendeu a nenhum estilo, conforme vimos anteriormente.
Abaixo,
percebam a linguagem culta, muitas vezes tão seca e dura quanto o próprio
sertão, o tema contextualizado, verossímil e polêmico em suas abordagens históricas.
Vejam que há uma busca por retratar a sociedade, as angústias. Algo, por assim
dizer, próprio do estilo realista, principalmente nas descrições, mas já com
características modernas e vanguardistas, pois a obra trata de uma população
que, até então, jamais havia sido foco da nossa literatura: o povo sertanejo.
Canudos não se rendeu. Exemplo
único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo
a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando
caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um
velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam
raivosamente 5 mil soldados.
(Fragmento da
obra Os Sertões, de Euclides da
Cunha, São Paulo: Círculo do Livro, 1975).
Até
a próxima...
*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Contato: ahhfalaserio@hotmail.com Página no Facebook: http://www.facebook.com/nossaquefacil
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