PLANTÃO DO VESTIBULANDO
Uma maneira simples de aprender a como chegar lá...
A problemática do Erro de Português – Parte I:
A visão da Gramática Normativa
Olá, pessoal. Após a polêmica causada pela discussão do que seria o erro de Português, resolvi comentar sobre o assunto, através de várias perspectivas, ajudando-os a aumentarem seu senso crítico e ter uma visão mais abrangente sobre isso. O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: "Posso falar 'os livro'?' Claro que pode, mas, dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico" - diz um dos trechos da obra "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender". (Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/).
Contudo, de acordo com a Gramática Normativa, ou seja, aquela a que devemos seguir quando escrevemos, têm-se, muito firmes, os conceitos de certo e errado. Vejam:
* Correto: é todo uso linguístico que segue as normas da língua-padrão;
* Errado: é todo uso linguístico que não segue as normas impostas pela gramática.
Vejam alguns exemplos (de erros) trazidos pelo site da infoescola.
1. Erros de grafia: Comprei três quilos de mortandela. (certo: mortadela).
2. Erros de impropriedade vocabular: As lâmpadas florescentes são mais econômicas. (certo: fluorescentes).
3. Erros de acentuação gráfica – Comprei na loja de conveniência vários ítens. (certo: itens – sem acento) * Por desconhecimento da posição correta da sílaba tônica. Exemplo: As rúbricas dos documentos eram falsas. (certo: rubrica – paroxítona).
4. Erros no emprego da crase – ocorrem por dois motivos: * Omitindo-se o acento em situações em que ocorre a crase. Exemplo: O Projeto Mesa Brasil está promovendo uma campanha de ajuda as crianças vítimas da seca. (ajuda a quem? Às crianças vítimas da seca) * Colocando o acento onde não ocorreu a crase. Exemplo: Enviamos à V. Sª. o resultado das avaliações. (Vossa não admite artigo antes, portanto, o correto: “a V. Sª.).
5. Erros de emprego dos pronomes: uso de um pronome com função de sujeito no lugar de um pronome com função de objeto e vice-versa. Comprei este lindo relógio para mim usar no casamento. (correto: para eu usar)/ Comprei este lindo relógio para eu. (correto: para mim).
6. Erros de emprego de verbos –A polícia militar não interviu a tempo de evitar o assassinato. (verbo intervir – composto: inter / vir – passado de vir, ele veio. Então o passado de intervir é interveio).
7. Erros de regência verbal. As crianças assistiam o desenho na televisão. (Assistir, no sentido de ver, presenciar, pede preposição “a”. O correto: “assistiam ao desenho”).
8. Erros de colocação pronominal. Exemplo: Enviaremos até a próxima semana os pedidos que encomendaram-nos. (certo: que nos encomendaram) Fonte: infoescola.com.
É isso, pessoal. Na próxima, veremos uma outra visão sobre o conceito de certo e errado. Até lá.
*Matéria publicada no Jornal A Semana, de Pirapora-MG, por Juliana Barreto
Profª de Língua Portuguesa, formada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES
Contato: ahhfalaserio@hotmail.com
Prof.ª Mestra em Literatura Brasileira pela UNIMONTES Juliana Barreto Blog com dicas de Português, voltadas para concursos, vestibulares e Enem. E divulgação do meu trabalho com correção gramatical de textos: correção de TCC, artigos, monografias, dissertações e teses. e ainda correção de redações de pré-vestibulandos e concurseiros. metodoeuteaprovo@gmail.com *Graduanda em Direito/FacFunam, Pirapora-MG julianajuristamg@gmail.com
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obrigado, você é 10. Parabéns 24horas. ps. porque: nos encomendaram e não: encomendaram-nos? Obrigado. Abraços. Salmos 134 Ap. 22.21.luciano
ResponderExcluirSou a favor do ensino da linguística para a garotada, assim haveria menos preconceito linguístico.
ResponderExcluirSempre com ótimas matérias.
O QUE A MATÉRIA DIZ NÃO É O NÃO ENSINO DA PARTE LINGUÍSTICA. ACHO QUE ISSO NÃO FICOU MUITO CLARO,PORQUE VC NÃO É A PRIMEIRA PESSOA QUE QUESTIONA ISSO. O QUE A MATÉRIA QUER DIZER SE RELACIONA AOS TERMOS DE 3º GRAU, ÀS EXPLICAÇÕES DESNECESSÁRIAS PORQUE NÃO SÃO DE FÁCIL ENTENDIMENTO AOS ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL. OU SEJA, O QUE A MATÉRIA É CONTRA (E EU TB) É A EXPLORAÇÃO DE TERMOS DA LINGUÍSTICA QUE SÓ ESTUDAMOS NA FACULDADE. COISAS QUE NÃO FAZEM PARTE DO COTIDIANO DESSES MENINOS. TERMOS QUE ELES NÃO POSSUEM MATURIDADE PRA ENTENDER. MAS, É ÓBVIO QUE O ENSINO DE VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DEVE EXISTIR. E EXISTE. MAS A FORMA COMO O GOVERNO TENTOU EXPLORAR É QUE, NA OPINIÃO DA MATÉRIA QUE PUBLIQUEI,NÃO É ADEQUADA. A FORMA CORRETA DE ACABAR COM O PRECONCEITO LINGUÍSTICO É ATRAVÉS DO USO DE SITUAÇÕES, CHARGES, TEXTOS, ENFIM, ATRAVÉS DE COISAS QUE SEJAM ACESSÍVEIS A ELES. O CERTO É TRABALHAR COM A ADEQUAÇÃO, VALORIZAR AS VÁRIAS LINGUAGENS, MAS SEM TEORIAS INACESSÍVEIS AOS ALUNOS.
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